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A MAÇONARIA E JESUS CRISTO

Por   /  6 de julho de 2023  /  Sem comentários

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Qualquer que nega o Filho também não tem o Pai[…].

1 João 2.23

  1. A MAÇONARIA RECONHECE JESUS COMO SENHOR E SALVADOR?

A resposta para essa pergunta foi o que me levou ao estudo da maçonaria há 20 anos. Quando comecei a ler, relutante, a introdução de The Kentucky Monitor, um livro maçônico “secreto”, para agradar um amigo, o livro chamou minha atenção imediatamente, despertou o meu interesse e, então, quase me fez pular da cadeira!

O meu primeiro “choque maçônico” foi descobrir que a maçonaria não é apenas uma ordem fraterna dedicada a boas obras, mas é, na realidade, uma renovação das religiões pagãs de mistério do Egito e do Oriente.139

O meu segundo “choque maçônico” foi descobrir que a maçonaria nega a divindade e a unicidade de Jesus, igualando-o a “outros salvadores” da história.140

E o meu terceiro “choque maçônico”, e o maior deles, foi descobrir que a maçonaria tem o seu próprio messias, alguém chamado “Hiram.”141

  1. ONDE, ENTÃO, JESUS É INSERIDO NO SISTEMA E NA DOUTRINA MAÇÔNICA?

Ele é meramente apresentado como um dos que eles chamam de “homens exemplares”, estando no mesmo patamar que Buda, Confúcio, Maomé é e Aristóteles. Leia as palavras de Albert Pike:

“A Maçonaria reverencia todos os grandes reformistas. Ela considera Moisés, o legislador dos Judeus, Confúcio e Zoroastro, Jesus de Nazaré e o iconoclasta árabe (Maomé) grandes professores de moralidade e reformistas eminentes, senão mais que isso.”142

  1. ISSO É VERDADE ATÉ MESMO EM LOJAS ONDE TODOS OU MUITOS MEMBROS SÃO CRISTÃOS?

Definitivamente, sim; é claro que muitos que se classificariam como cristãos podem não ter nascido de novo e de verdade serem membros da família de Deus! Eu mesmo fui um desses cristãos nominais durante grande parte da minha vida. Entretanto, mesmo que todos os membros de uma loja local fossem cristãos nascidos de novo, isso não alteraria, de forma alguma, a condição de Jesus na sua Loja. Ele não poderia ser honrado como o Salvador exclusivo da humanidade perdida, nem seria possível fazer orações em seu nome. A doutrina maçônica é a doutrina maçônica, independentemente da persuasão religiosa dos membros de uma Loja.

  1. VOCÊ QUER DIZER QUE, NA LOJA, OS MAÇONS NÃO TÊM PERMISSÃO DE HONRAR A JESUS COMO SENHOR; É ISSO MESMO?

Exatamente isso! Pelo menos, não em voz alta. Alguns deles podem honrá-lo, de fato, em seus corações, mas na Loja não podem, de maneira alguma, reconhecê-lo externamente como Senhor.

  1. POR QUÊ?

Porque, explicando de maneira muito simples, a maçonaria não é cristã. Sem falar que, segundo a justificativa usual, isso seria ofensivo para os não cristãos na Loja. Algumas Lojas têm, entre seus membros, uma mistura de cristãos, deístas, mórmons, muçulmanos etc., e o princípio é que eles ficariam bastante ofendidos se Jesus fosse honrado como Senhor.

Em um clássico exemplo desse sincretismo maçônico, meu falecido amigo, Mick Oxley, enquanto ainda ativo como funcionário da Força Aérea Real, pertencia a uma loja em Cingapura, sob as Constituições Inglesas (constituída pela Grande Loja Unida da Inglaterra). Nessa loja, o Venerável Mestre era um muçulmano, o Vigilante Sênior também era um muçulmano, o Vigilante Júnior era um hindu, o Diácono Sênior também era, o Diácono Júnior era um taoísta, e o Porteiro era um sique.

*O Shrine é, provavelmente, o corpo anexo mais popular da maçonaria, contando com cerca de 450 mil membros em todo o mundo.

  1. ORA, MAS ISSO FAZ SENTIDO, NÃO FAZ? AFINAL DE CONTAS, OS MAÇONS CRISTÃOS NÃO DEVERÍAM SER TOLERANTES COM SEUS IRMÃOS NÃO CRISTÃOS?

Em termos humanos, isso pode até parecer razoável e correto; agora, do ponto de vista das Escrituras, é muito errado. Deixar de reconhecer e confessar Jesus é negá-lo, e negá-lo é um erro espiritualmente fatal.

Na verdade, os cristãos não deveriam ter “irmãos não cristãos” por causa da advertência nas Escrituras contra o jugo desigual com infiéis; tampouco, deveríamos ter comunhão com as obras infrutíferas das trevas.143 E, na Loja, os cristãos não estão apenas se associando com infiéis em funções sociais e serviço comunitário, mas também estão literalmente presos a eles por juramentos de morte “impossíveis de romper”; juramentos feitos para dar a eles preferência injusta em todos os negócios e para ocultar os seus crimes (veja o Capítulo 18, “Juramentos de Morte e Execuções Maçônicas”).

Para os que pensam procurar refúgio atrás da defesa de que eles somente pertenceriam a uma loja cujos membros são todos cristãos, ressalto que todo maçom que já fez o primeiro juramento está espiritualmente conectado e em fraternidade com todos os outros maçons que já viveram.144

  1. É VERDADE QUE, NA LOJA MAÇÔNICA, AS ORAÇÕES NÃO SÃO OFERECIDAS EM NOME DE JESUS?

Definitivamente, isso é verdade! As orações da maçonaria devem ser mantidas de forma “universal”, de modo a não ofender nenhum dos não cristãos no sistema. Isso acontece até mesmo nos graus chamados “cristãos” do Rito de York. O Reverendo Harmon Taylor, ex-Grande Capelão da Grande Loja de Nova York, testemunha que, nessa função, ele recebeu uma única instrução e que a recebeu muitas vezes. Essa instrução frequentemente repetida, era para que ele nunca, sob circunstância alguma, oferecesse orações em nome de Jesus em reuniões maçônicas. 145

Essa proibição também prevalece na Ordem da Estrela do Oriente, sendo que muitos dos seus membros acreditam que é cristã. Mesmo nas Jovens do Arco-Íris, as orações são “universais” e sem Cristo.  O seu culto fúnebre (sim, essas meninas realmente têm um!) faz referência ao “mestre professor”, que poderia ser Aristóteles, Zoroastro o ou o professor do ano em Possum Trot, Kentucky — e isso é o mais próximo que elas chegam de honrar a Jesus.

  1. HÁ ALGUMA OCASIÃO EM QUE SÃO OFERECIDAS ORAÇÕES EM NOME DE

JESUS EM UMA LOJA MAÇÔNICA?

Sim. Às vezes, há algumas exceções para essa regra, mas, definitivamente, são exceções, e não a regra. Deixe-me explicar. Há algumas lojas de cidades pequenas, especialmente no Sul, em que essa regra í rompida de vez em quando. Nesse tipo de cidade pequena, onde todas as igrejas são — pelo menos nominalmente — cristãs, e ninguém se ofenderia com tal oração, o capelão pode, em alguns casos, ofereçam orações em nome de Jesus. Se, no entanto, um visitante divulgar esse acontecimento, ou se, de alguma maneira, essa notícia chegar à Grande Loja desse estado, a loja local será forçada a deixar de orar em nome de Jesus, ou ter a sua constituição revogada.

  1. VOCÊ QUER DIZER QUE UMA LOJA MAÇÔNICA REALMENTE PODERÍA TER A SUA CONSTITUIÇÃO REVOGADA, CASO SEUS LÍDERES INSISTISSEM EM HONRAR A JESUS NA LOJA OU OFERECER ORAÇÕES EM SEU NOME?

Sim. Essa, acredito eu, é uma expressão eloquente da posição maçonaria a respeito de Jesus. A maçonaria não é apenas não cristã, mas, como nega o seu lugar legítimo no Universo, a maçonaria é de fato, anticristã. O próprio Senhor Jesus disse que quem não está com Ele está contra Ele.

  1. OS MAÇONS TÊM A SUA PRÓPRIA MANEIRA DE CONTAR O TEMPO?

Sim, e essa é outra maneira pela qual Jesus é negado na Loja. NM prática, todo o resto da civilização conta os anos a partir do nascimento de Jesus, antes e depois: “a.C.” é uma abreviação das palavras “antes de Cristo”, e “d.C.” é uma abreviação das palavras “depois de Cristo” (em inglês, “A.D.”, “Anno Domini”, em latim, “o ano do nosso Senhor”). Júlio César nasceu em 100 a.C.; Jerusalém caiu derrotada pelo General romano Tito em 70 d.C., e Abraham Lincoln foi assassinado em 1865 d.C. Essa é a maneira como a maioria de nós calcula o tempo e eu particularmente a aprecio bastante, pois, ao fazer isso, todo o mundo civilizado reconhece e honra a Jesus, até mesmo chamar: de “nosso Senhor”.

A maçonaria, porém, não faz isso — nem mesmo nos graus “cristãos” do Rito de York. Os maçons usam um sistema diferente, do qual Jesus fica completamente excluído. Na maçonaria, o tempo não é calculado a partir do nascimento de Jesus, mas, sim, do suposto momento da criação, 4000 anos a.C. Assim, o tempo maçônico é calculado acrescentando-se 4 mil ao ano corrente e chamando-o de “Armo Luas” (no ano da luz), com abreviação “A.L.” Pelo seu sistema, por exemplo, 1993 d.C. torna-se 5993 A.L. Você poderá confirmar isso, olhando para a data incrustada em qualquer pedra fundamental lançada por maçons.146

  1. A MAÇONARIA ENSINA A NECESSIDADE DE ALGUM SALVADOR PESSOAL?

Não. De maneira concisa e simples, a maçonaria ensina que devemos salvar a nós mesmos pela iniciação à maçonaria, crescendo em conhecimento (“luz”) pelos seus graus, pela obediência aos juramentos e levando uma vida virtuosa (“sendo bons”). Para auxiliar tudo isso, há a doutrina da reencarnação.

Além da fé não ser exigida, o conceito de salvação pela fé é considerado uma “perversão ignorante” da verdade, e os apóstolos que o ensinaram pela primeira vez eram “ignorantes”. Em nenhum dos ensinamentos maçônicos está declarada (ou mesmo sugerida) a necessidade de que o homem pecador tenha um salvador pessoal; e, se houver uma referência, mesmo que oblíqua, a um salvador pessoal, será a Hiram Abiff — e não a Jesus Cristo.147 E, se alguém é “redimido” por Hiram, não é pela fé nele, mas, sim, por obter conhecimento dele, ou seja, algo completamente diferente.

  1. VOCÊ TEM COMO DOCUMENTAR ESSA ESPANTOSA DECLARAÇÃO?

Percebo que tudo isso parece bizarro, especialmente para os cristãos, mas vamos deixar os filósofos maçons falarem por si mesmos. Uma vez mais, deixo claro que poderia encher este livro com documentação a esse respeito, mas isso, obviamente, não seria viável. Alguns exemplos deverão ser suficientes:

“Com a pele de cordeiro [avental], o Maçom é lembrado daquela pureza de vida e retidão de conduta, que são tão essencialmente necessárias para que ele ganhe admissão à Loja Celestial [o Céu], onde preside o Supremo Arquiteto do Universo” (Albert Mackey).148

“E em Tua benignidade possamos ser recebidos no Teu reino eterno, para desfrutarmos em união com as almas de nossos amigos que já partiram, da justa recompensa de uma vida piedosa e virtuosa, Amém. Que assim seja” (M. Taylor. Texas Monitor).149

“Acaciano: uma palavra que significa um maçom que, vivendo em estrita obediência às obrigações [juramentos] e ao? preceitos [ensinamentos] da fraternidade, está livre do pecado” (Albert Mackey).150

“O rito de indução significa o fim de uma vida profana e perversa, a palingênese [o novo nascimento] da natureza humana corrupta, a morte da maldade e todas as más paixões, e as introduções à nova vida de pureza e virtude” (Daniel Sickles).151

“Esses três Graus [Primeiro, Segundo e Terceiro] formam um conjunto perfeito e harmonioso, e não se pode conceber que possa ser exigida mais alguma coisa que a alma do homem requeira” (Daniel Sickles).152

“Passo a passo, o homem deve prosseguir rumo à Perfeição, e cada Grau Maçônico deve ser um desses passos” (Alben Pike).153

“A salvação pela fé e a expiação vicária não são ensinadas como interpretadas por Jesus, e, tampouco, essas doutrinas; são ensinadas nas escrituras esotéricas [ocultas]. Elas são perversões posteriores e ignorantes das doutrinas originais (J. D. Buck).154

“Os ignorantes que desviaram o cristianismo primitivo [a s Patriarcas Apostólicos da Igreja], substituindo a fé pela ciência, o devaneio pela experiência, o fantástico pela realidade; e os inquisidores que, por tantos anos, travaram contra o magismo [magia, feitiçaria] uma guerra de extermínio: sucederam-se, envolvendo em trevas as antigas descobertas da mente humana” (Albert Pike) 155

“Toda a antiguidade cria […] em um Mediador ou Redentor, por cujo intermédio o Príncipe do Mal seria derrotado, e a Divindade Suprema seria reconciliada com as Suas criaturas.

Em geral, a crença era de que ele nasceria de uma virgem e sofreria uma morte dolorosa. Os hindus chamavam-no Krishna; os chineses, Kiountse; os persas, Sosiosch; os escandinavos, Balder; os cristãos, Jesus; os maçons, Hiram” (Pirtle, Kentucky Monitor).156

“É Christos ou Hiram, o Mediador entre a alma, ou o homem físico, e o Grande Espírito — o Pai nos Céus” (J. D. Buck).157

“E muito mais importante os homens esforçarem-se para tornarem-se Cristos do que eles crerem que Jesus foi Cristo” (J. D. Buck).158

“Os teólogos […] arrancaram o Cristo dos corações de toda a humanidade, para deificar a Jesus, para que ele pudesse ser um deus-homem peculiarmente seu!” (J. D. Buck).159

“Na igreja primitiva, assim como na doutrina secreta, não havia um Cristo pessoal para o mundo todo, mas um Cristo potencial em cada ser vivo. Os maçons, portanto, creem no Arquiteto do Universo, mas, positivamente, não em Jesus, o homem, como o Filho Unigênito de Deus” (J. D. Buck).160

“Este princípio da Fraternidade e da perfectibilidade da natureza do homem por meio da evolução necessita da Reencarnação […] consequentemente, a doutrina da pré-existência ensinada em todos os mistérios aplica-se a “cada filho nascido de mulher, sendo todas as condições de cada vida determinadas pelas vidas anteriores” (J. D. Buck).161

“Para alcançá-lo [o Céu], o Maçom deve, em primeiro lugar, obter uma sólida convicção, fundamentada na razão de que ele tem dentro de si uma natureza espiritual, uma alma que não morrerá quando o corpo for dissolvido, mas deverá continuar a existir e a avançar rumo à perfeição em todas as eras da eternidade […]. Essa [reencarnação], a Filosofia do Rito Antigo e Aceito lhe ensina” (Albert Pike).162

“Ao deificar Jesus, toda a humanidade é despojada do Cristo como uma potência eterna no interior de cada alma humana, um Cristo latente em cada homem. Ao deificar um homem dessa maneira, eles [os cristãos] deixaram toda a humanidade órfã! Por outro lado, a maçonaria, ao fazer com que cada homem personifique Hiram, preserva o ensinamento original […] poucos candidatos podem ter ciência de que o Hiram a quem representam e personificam é ideal e precisamente o mesmo que Cristo. Mas esse é, sem dúvida, o caso” Q. D. Buck).163

  1. A MAÇONARIA REALMENTE ENSINA QUE JESUS NÃO É ÚNICO, MAS APENAS UM DE MUITOS “REDENTORES”?

Decerto. Para começar, veja a pergunta 12, acima; ali, na introdução ao The Kentucky Monitor, está claramente escrito (ainda que J pouco obliquamente) que não há nada de especial em Jesus, que todas as civilizações têm um mito de tal messias, nascido de uma virgem que sofreu e morreu, e assim por diante. Para continuar, vamos mais uma vez permitir que os principais autores maçônicos falem mesmos:

“Krishna, o Redentor hindu, foi criado e educado entre pastores. Na época de seu nascimento, um tirano ordenou que todos os meninos fossem assassinados. Ele operou milagres, contou suas lendas e até ressuscitou os mortos. Ele lavou os pés dos brâmanes. Foi em uma madeira em forma cruciforme [uma cruz] que se diz que Krishna expirou, perfurado por flechas. Ele desceu ao Inferno, ressuscitou, subiu ao Céu, encarregou seus discípulos de ensinar as suas doutrinas e deu-lhes o dom dos milagres” (Pirtle. Kentucky Monitor).

Isso parece familiar a vocês, cristãos? Deveria.

“Cada ato do drama da vida de Jesus e cada qualidade atribuída a Cristo devem ser encontradas na vida de Krishna e na lenda de todos os Deuses-Sol, desde a mais remota antiguidade” (J. D. Buck).163

“O verdadeiro maçom não se prende a credo. Ele percebe, com o esclarecimento [luz] divino da sua loja, que, como maçom, a sua religião deve ser universal; Cristo, Buda ou Maomé, o nome pouco significa, pois ele reconhece somente a luz, e não quem a exibe. Ele adora em todos os santuários, inclina-se diante de todos os altares, seja no templo, na mesquita ou na catedral [.„] (Manley P Hall).166

“Em suas devoções privadas, um homem pode pedir a Deus ou Jeová, Alá ou Buda, Maomé ou Jesus; ele pode invocar o Deus de Israel ou a Primeira Grande Causa […] cem caminhos enrolam-se ao redor de uma montanha; no topo, todos se encontram” (Carl H. Claudy).167

“Jesus é menos Christos pelo fato de Christna [sic] ter sido chamado de “O Bom Pastor?” Ou porque o Cristo mexicano foi crucificado entre dois ladrões? Ou porque Hiram esteve três dias em um sepulcro antes de ressuscitar? (J. D. Buck).168

  1. QUEM É ESSE HIRAM, QUE PARECE SERTÃO IMPORTANTE NA MAÇONARIA?

Hiram Abiff é o personagem principal na lenda do 3o grau da Loja Azul; como tal, ele é a pessoa mais importante na Maçonaria da Loja Azul. Segundo a tradição maçônica, Hiram foi o principal arquiteto na edificação do templo em Jerusalém pelo rei Salomão. Ele é chamado “Hiram, o filho da viúva” e é um personagem mitológico que consiste de uma mistura de fato e ficção.

Há dois homens com esse nome na narrativa escriturai da edificação do Templo de Salomão. Um deles era Hirão, rei de Tiro, amigo do rei Davi e de seu filho, o rei Salomão. Esse rei Hirão forneceu grande parte do material para a edificação do templo; ele também enviou a Salomão um homem chamado Hiram (ou Hirão), o filho de uma viúva, da tribo de Naftali. Esse Hiram era um homem habilidoso no trabalho com metais, que foi trazido ao projeto de construção para fazer objetos de metal. Esse segundo Hiram, um notável artesão e artista, fez todos os maravilhosos objetos e implementos de metal do templo, “concluiu toda a sua obra” para o templo e, aparentemente, voltou para sua casa, em Tiro, e viveu feliz para sempre.169

O Hiram da lenda maçônica foi, supostamente, o principal arquiteto do projeto do templo. De alguma maneira, ele também foi um mestre maçom e o “grande mestre” de todos os pedreiros que trabalhavam no templo. A história é (tipicamente) confusa, porque Hiram é chamado de “nosso primeiro Grande Mestre”, mas tanto o rei Salomão como o rei Hirão também são mencionados como grandes mestres. Apesar disso, com a continuidade da história, Hiram conhecia a “Palavra do Mestre”, um segredo que os pedreiros que trabalhavam no templo não estariam qualificados a receber até a conclusão do trabalho. Alguns dos pedreiros (“rufiões”) decidiram que queria™ conhecer a palavra antes de concluir o trabalho e, então, tentaram a® rançar o segredo de Hiram assustando-o e espancando-o, acabando por matá-lo. Depois de três dias, a verdade foi revelada, os “rufiões j foram presos, e a sepultura foi aberta, e, em seguida, o rei Salomão ressuscitou Hiram com uma técnica maçônica. Essa é, de forma enormemente abreviada, a lenda de Hiram Abiff.

  1. MAS O QUE ISSO TEM A VER COM JESUS?

Tudo — ou absolutamente nada — depende de como se considera a questão. Na parte climática da iniciação do 3o Grau, a lenta., de Hiram é encenada, como uma peça, no salão da loja, com o candidato confuso e vendado interpretando o papel de Hiram (a respeito de quem ele não conhece nada). Como acontece com todas as outras iniciações, o candidato não sabe de nada antecipadamente. Na verdade, ele já foi levado a crer que a sua iniciação está concluída. Então ele deve tirar novamente as suas roupas e ser vendado outra vez. Ele é levado em meio à confusa cena a respeito da qual nada sabe, sendo consecutivamente abordado por três “rufiões” (que, realmente, vão ficando mais violentos); em seguida, é “enterrado” sob o “lixo Templo” e, depois, ressuscitado pelo Venerável Mestre, que interpreta o papel de Salomão.

Praticamente, nada disso é escritural, muito menos verdadeiro e parte disso é declaradamente blasfemo. O próprio Deus foi o arquiteto do templo, entregando plantas e especificações extremamente detalhadas. E não havia “lixo” nem escombros na edificação do templo; cada pedra foi cortada na medida adequada, em um local distante e meramente colocada no seu respectivo lugar no templo. E, o que é ainda mais infame: na lenda, Hiram faz a sua pausa para o almoço no Santo dos Santos! Todos os historiadores maçons reconhecem que é puro mito e lenda; muitos maçons, no entanto, acreditam que tudo isso seja verdade. O efeito do choque, a confusão e o medo deixam o candidato vendado vulnerável à profunda servidão espiritual.

E aqui está como isso tem a ver com Jesus. Na verdade, Hiram Abiff representa Osíris, o Sol e o deus da relação sexual dos egípcios. Para receber o “novo nascimento” maçônico e para ir da escuridão espiritual para a luz, o candidato deve passar pela morte, pelo sepultamento e pela ressurreição de Hiram Abiff (Osíris), o falso redentor da maçonaria. Para citar apenas um dos filósofos maçônicos, “No 3o Grau, o candidato personifica Hiram, que, como ficou demonstrado, é idêntico ao Christos dos gregos e aos deuses-sol de todas as outras nações.”170

Essa não é outra coisa senão uma paródia blasfema da genuína redenção pela fé em Cristo Jesus.

Se você quiser saber mais a respeito da lenda de Hiram Abiff, como ela tem a ver com Isis e Osíris, as suas reais implicações espirituais a respeito do nosso Redentor, Jesus Cristo, e o que os estudiosos maçônicos dizem a respeito dela, veja o Apêndice D da Parte 1 deste livro.

NOTAS

‘ Henry Pirtle, “The Spirit of Masonry”, The Kentucky Monitor (Louisville, KY: Standard Printing Co., 1921), xi, xii.

‘• Ibid., xiv, xv.

” Ibid., xv.

-Albert Pike, Morais and Dogma, ed. rev. (Washington, DC: House f the Temple, 1950), 525.

‘ 2 Coríntios 6.14-18; Efésios 5.6-11.

Albert Pike, Morais and Dogma, 726.

Harmon R. Taylor, Oil and Water (Newtonville, NY: HRT Minis- tries, folheto sem data; Personal Interview, Knoxville, TN: 5 de junho de 1993).

* Aqui, mais uma vez, há contradição e confusão na Maçonaria. A Maçonaria da Loja Azul usa esse sistema básico (Anno Luas)-, o Rito de York usa outro sistema (Anno Ordinis, “o Ano da Ordem”, que data do ano 1118, que é subtraído do ano d.C.); o Rito Escocês usa, anda, outro sistema (Anno Mundi, “o Ano do Mundo”, acrescentando 3760 ao ano d.C., aproximadamente o mesmo que o ano judaico); e ainda há mais!

* Pirtle, The Kentucky Monitor, xv; J. D. Buck, Mystic Masonry, 3 a ed. ■Chicago: Chas T. Powner Co., 1925), 133.

F Albert Mackey, Encyclopedia of Freemasonry, ed. rev. s.v. “avental” ■Chicago, Nova York, Londres: Masonic History Co., 1927), 72-74.

r M. Taylor, “Masonic Burial Service”, Texas Monitor (Houston, TX: t-rand Lodge of Texas, 1883), 147.

■ Albert Mackey, Lexicon of Freemasonry, 2a ed., s.v. “acaciano”, 6.

151      Daniel Sickles,            Rhezon and Freemason’s Guide (Nova Ml

MaCoy Publishing Co., 1911), 54.

152      Ibid., 196.

153      Pike, Morais and Dogma, 136.

154      Buck, Mystic Masonry, 57.

155      Pike, Morais and Dogma, 732.

156      Pirtle, Kentucky Monitor, 14, 15.

157Buck, Mystic Masonry, 45.

158      Ibid., pg. 62.

159Ibid., pg. 57.

160      Ibid.

161      Ibid., 63; S. R. Parchment, Ancient Operative Masonry (San Francisco: San Francisco Center-Rosicrucian Fellowship, 1930), 35.1

162      Pike, Morais and Dogma, 855.

163      Buck, Mystic Masonry, 63.

164      Pirtle, Kentucky Monitor-, xv.

165      Buck, Mystic Masonry, 63.

166Manley P. Hall, The Lost Keys of Freemasonry (Richmond. \ A. I Coy Publishing Co., 1976), 65.

167 Carl H. Claudy, Introduction to Freemasonry (Washing: a r- I Temple Publishers, 1939), 38.

168 Buck, Mystic Masonry, 47.

1691 Rs 7.13-40.

170 Buck, Mystic Masonry, 133.

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FONTE: 33 Graus de Decepção – A Maçonaria exposta em sua essência, Tom C. McKenney, CPAD, 2018.

 

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