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CANAIS DO CORPO PARA O PECADO

Por   /  31 de maio de 2022  /  Sem comentários

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A visão. O pecado que está na natureza humana procura utilizar a faculdade da visão física para induzir as pessoas a pecar através da “concupiscência dos olhos” (1 Jo 2.16). Que concupiscência é essa? É a força do desejo impuro e lascivo despertada através dos olhos. É pela visão de algo proibido, que contamina o corpo, que muitas pessoas pecam contra “o seu tabernáculo” desonrando-o com o adultério, a fornicação, a defraudação sexual, o furto etc. (Êx 20.14; G1 5.19-21). A Bíblia mostra o cuidado que devemos ter com os olhos, para que os mesmos não se tornem canais para o pecado. Eis alguns tipos de olhos:

a) Tipos de olhos. Olhos altivos (Pv 6.17; Is 2.11), olhos malig­nos (Pv 23.6), o olho mau (Pv 28.22), olhos zombeteiros (Pv 30.17), olhos cheios de adultério (2 Pe 2.14). Jesus falou que os “olhos são a candeia do corpo” (Mt 6.22). Portanto, devemos cuidar dos olhos para que sejam luz e não trevas (Mt 6.23). O pecado age como um vírus contagioso e, quando ataca a faculdade da visão, explora os instintos da aquisição, da fome e sede e da reprodução.

b) A visão e os instintos naturais. Para satisfazer o instinto da aquisição, a concupiscência dos olhos conduz ao furto, ao enriqueci­mento ilícito, ao engano e a defraudação material (Êx 20.15; Mc 10.19; Lc 18.20; Rm 13.19; Ef 4,28). Para satisfazer o instinto de fome e sede, a concupiscência dos olhos atrai a pessoa à glutonaria e bebedice, denominadas de “obras da carne” (G1 5.21; Pv 23.2; Lc 21.34; Rm 13.13; 1 Pe 4.3). Todos esses textos condenam as bebidas e glutonarias, que são pecados contra a saúde do corpo e que demonstram a falta de domínio próprio quanto às necessidades do corpo em relação aos ali­mentos e líquidos. Para satisfazer o instinto da reprodução, isto é, sexu­al, a concupiscência dos olhos atua como força impulsora para os pecados sexuais. O sexo é uma criação abençoada de Deus para per­petuação da espécie humana através da “reprodução” de outros seres. Os impulsos e desejos naturais do sexo são lícitos dentro dos princípi­os divinos estabelecidos para o casamento. Porém, esses impulsos pre­cisam ser controlados pela inteligência do homem e pelo Espírito, para que os mesmos não sejam condutores ou instrumento dos pecados de adultério (2 Pe 2.14), da fornicação e impurezas da carne (G1 5.19).

O olfato e o paladar. São faculdades físicas muito ligadas aos instintos naturais da fome e da sede, os quais também podem se tornar condutores de pecado contra o corpo. Os pecados de glutonaria e embriaguez são estimulados pelo paladar (Lc 21.34). Quando o paladar está sob a força do poder do pecado o homem perde o controle desse instinto natural de sua vida (G1 5.21). Nos nossos tem­pos, as drogas têm escravizado especialmente os jovens. O olfato é explorado com o cheiro da cola, do crack, da cocaína, da maconha, da merla e outros derivados. A busca de novidades e experiências alucinantes tem destruído muitas vidas.

  audição. Os ouvidos estão no corpo para perceberem os sons. O diabo explora “os sons” para perturbar a alma e o espírito. Hoje, na busca de preencher o vazio interior, os jovens são atraídos pela parafernália dos sons estridentes do “rock” e outros tipos de músicas sensacionalistas. O conhecido “rock pauleira” constitui-se não ape­nas de uma forma de protesto contra as imposições da sociedade, mas tem uma relação direta com a atividade satânica. Esse tipo de música escraviza, prejudica a audição, produz mensagens ocultas de Satanás e traz blasfêmias contra Deus.

 O tato. A Bíblia fala muito das mãos e da sua utilidade no corpo. O mordomo cristão deve administrar tanto os pés como as mãos para a glória do Senhor. Nenhum órgão do corpo pratica qualquer ato por si mesmo, porque todos os membros são coman­dados pela alma e espírito.

 As mãos. Qual a importância das mãos e qual é o seu valor? A Bíblia fala do valor das mãos e utiliza uma linguagem especial para referir-se à utilidade delas. Por exemplo: O fruto do trabalho das mãos (Pv 10.4); mãos que engrandecem (Pv 31-31); mãos que susten­tam (Mt 14.31); mãos que abençoam (Mt 19.13); mãos que trabalham (2 Ts 4.1); mãos que traem (Judas Iscariotes, Lc 22.21); mãos que operam milagres (Pedro, At 9-41); Mãos que escrevem (Paulo, G1 6.11) e mãos operosas no serviço social (Dorcas, At 9.36,39).

Como é possível alguém pecar com as mãos? Sabemos que qual­quer órgão físico, por si só, não tem qualquer poder decisivo. Todos os movimentos físicos envolvem processos naturais ativados pelos instintos naturais, mas os instintos naturais no ser humano são ativados pela mente humana. Por trás de todo movimento físico está a nossa mente que ordena esses movimentos. Minhas mãos não têm poder próprio de decisão; seus movimentos dependem da ordem da mente. Naturalmente, outros elementos como a vontade e os sentimentos também interferem nos movimentos. As mãos são usadas para assas­sinar, roubar, satisfazer fantasias sexuais, etc. Os adeptos da linha liberal certamente consideram esses conceitos ortodoxos e conserva­dores como ultrapassados e fora da realidade. Entretanto, sabemos que é o poder do pecado que opera neste mundo e que induz as pessoas pecarem, e especialmente, o crente, que deve usar todo o seu corpo para a glória de Deus.

Os pés. Nossos pés devem andar nas pisadas de Cristo (Mt 9-9). Devem ser consagrados para andar em retidão na presença de Deus (Gn 5.24; 6.9; 17.1). Devem andar por onde Jesus ordenar que ande­mos (Dt 5.33; Js 22.5; 1 Rs 3-14; 8.36; S1 1.1). Nossos pés não devem andar cambaleantes como ébrios (SI 107.27). Devem andar em liberda­de (SI 119-45). Andar com sinceridade e segurança (Pv 10.9); andar na luz do Senhor (Is 2.5); não andar em trevas (Is 50.10); andar em Espíri­to (G1 5.16). Nossos pés não devem andar segundo o curso do mundo (Ef 2.2); nem andar nos desejos da carne (Ef 2.3); nem andar desordenadamente, em dissolução, concupiscência (2 Ts 3-6; 1 Pe 4.3).

 Nossos pés não devem tocar em lugares impuros, pois devem ser san­tificados para levar boas novas. Seria recomendável ao cristão andar e pisar em lugares onde estão os “escarnecedores”? (SI 1.1). O que signi­fica “andar no caminho dos pecadores”? Naturalmente, o caminho dos pecadores é o caminho da perdição. Três tipos são destacados pelo salmista: os ímpios, os pecadores e os escarnecedores. Ele começa com “ímpios” para denotar o tipo de caminho que afeta o caráter do homem, por isso, o afastar-se do mal (ou da impiedade) é o primeiro passo de sabedoria, porque os que andam nesse caminho se deparam com os malfeitores. O segundo destaque do salmista diz respeito ao caminho dos “pecadores”, no qual estão aqueles que tem contínua atitude de rebelião contra os preceitos de Deus para a vida cotidiana. São os que não tem o temor de Deus em seus corações. Colocar os pés nesse caminho de rebelião e destemor a Deus produz consequências fatais de morte espiritual. O andar na “roda dos escarnecedores” signi­fica estar em lugares onde não há critério, nem padrão decente de vida. A “roda dos escarnecedores” refere-se ao tipo de gente que não respeita os valores; que menospreza a ética; que despreza a decência e o pudor. Por onde andam seus pés? Precisamos guardar nossos pés de andar em lugares impróprios. Os que andam na presença de Deus têm a promessa da guarda dos seus pés, conforme está escrito: “Ele guarda­rá os pés dos seus santos” (1 Sm 2.9). Isto significa que Deus guardará nossos pés para que não resvalemos, nem caiamos em lugares insegu­ros, mas com o seu cuidado, teremos um caminhar seguro e de confi­ança, sem perigo de desvios nem frustrações. Ele cuidará para que não tropecemos em nosso andar. O sábio Salomão ensinava-, “Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, e se te multiplicarão os anos de vida. No caminho da sabedoria, te ensinei e, pelas carreiras direitas, te fiz andar. Por elas andando, não se embaraçarão os teus passos; e, se correres, não tropeçarás” (Pv 4.10-12).

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LIVRO: MORDOMIA CRISTÃ – CPAD, ELIENAI CABRAL

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  • Publicado: 1 ano atrás em 31 de maio de 2022
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  • Última modificação: maio 31, 2022 @ 11:09 am
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