“Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém” (Romanos 1.22-25).
O culto à natureza pode ser chamado “ecolatria”. É uma das formas de neopaganismo que ganhou força a partir da segunda metade do século XX no auge do Movimento da Nova Era, do qual faz parte. Lá nos anos 1960-1970, com a explosão do movimento feminista e da liberação sexual, nasceu também a ideia da “sociedade em teias”, isto é, o homem faz parte da natureza e da mesma forma a natureza faz parte do homem. Há, portanto, uma rede de entrelaçamento entre o homem e o ecossistema.
O físico e guru da Nova Era, Fritjof Capra, dizia: “Vivemos hoje num mundo globalmente interligado, no qual os fenômenos biológicos, psicológicos, sociais e ambientais são todos interdependentes. Para descrever esse mundo apropriadamente, necessitamos de uma perspectiva ecológica que a visão do mundo cartesiana não oferece” (Ponto de Mutação — A Ciência, a Sociedade e a Cultura Emergente, p. 14). Em outro texto, também de sua autoria, ele diz: “Não existe nenhum organismo individual que viva em isolamento. Os animais dependem da fotossíntese das plantas para terem atendidas as suas necessidades energéticas; as plantas dependem do dióxido de carbono produzido pelos animais, bem como do nitrogênio fixado pelas bactérias em suas raízes, e todos juntos, vegetais, animais e microorganismos, regulam toda a biosfera e mantêm condições propícias à preservação da vida” (As Conexões Ocultas — Ciência para uma Vida Sustentável).
É exatamente essa nova “perspectiva ecológica” que originou a ecolatria e o culto à “Mãe Terra”. Não se trata apenas de uma defesa do meio ambiente, mas de um culto à natureza. Esse culto à natureza, quer através de rituais, da meditação ou da música, tem levado muitos à adoração de deuses falsos.
Faz parte dessa onda o neopaganismo, e até mesmo muitos jovens evangélicos têm aderido a essa nova moda de espiritualidade. Recentemente, Janice Crouse, que dirige o Instituto Berverly LaHaye de Concerned Womem for America, denunciou a prática do culto à religião natural por parte de jovens evangélicos norte-americanos. Segundo ela, essa denúncia foi feita primeiramente por pastores da Convenção Batista do Sul, que demonstram grande preocupação na participação de jovens cristãos no culto Wicca. Crouse lembra que os adeptos desse culto “creem na autonomia moral, ninguém pode me dizer o que fazer”. No seu modo de entender, essa é exatamente a isca usada para fisgar os jovens, já que estes “não querem a igreja lhes dizendo que há limites, que há coisas que eles não podem fazer”. Ela lembra ainda que “outra coisa é que eles não creem em autoridade, mas que nós, como indivíduos, temos a responsabilidade de moldar nossas próprias crenças e não há nenhum mal nisso”.
Esse avivamento ecológico é o responsável pela introdução no arraial protestante da prática Wicca, até então desconhecida por muitos. O Nuevo Diccionario de Religiones Denominacionesy Sectas define essa sigla da seguinte forma: “W.I.C.C.A. Associação ocultista. É a sigla de um nome em língua inglesa (Witches Internacional Coven Council Assoeialion), uma espécie de coalizão de bruxas organizadas” (Biblioteca Eletrônica Caribe). Em um dos muitos sites da internet sobre Wicca, lê-se que essa religião “foi popularizada pelos esforços de um funcionário público reformado, um inglês chamado Gerald Gardne, no final dos anos 40. Nas últimas décadas, a Wicca espalhou-se em parte por causa da popularidade entre feministas e outros que buscam uma religião com uma imagem mais positiva da mulher e mais próxima da terra. Como a maior parte das religiões neopagãs, Wicca adora o sagrado como imanente à natureza, retirando muito da sua inspiração das religiões da Europa não-cristãs e pré-cristãs”. Em um verbete sobre o fundador dessa neobruxaria, o Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo destaca que ele viveu entre 1884 e 1964 e que foi o responsável pelo reavivamento da bruxaria no século 20. O culto à Mãe Terra, na verdade, não passa de adoração a demônios.
A HIPÓTESE GAIA
O meio ambiente deu origem a uma religião neopagã com dogmas estabelecidos: “Plástico é mau; a reciclagem é uma virtude; florestas são sítios sagrados, desenvolvimentistas são satânicos”. Muito desse “ambientalismo” é regido por um panteísmo evolucionista. A “Mãe Terra” é uma deusa criativa que deve ser protegida e acalmada.
Esta foi uma hipótese formulada na década de 1960 pelo físico inglês James Lovelock e pela microbiologista americana Lynn Margulis. Afirma que as características da Terra teriam sido criadas pelos organismos vivos nela existentes, ao longo de seu processo de evolução. Para os dois cientistas são os seres vivos que moldam o meio ambiente às suas características e criam as condições necessárias para sua sobrevivência.
Pela Hipótese Gaia, o planeta se comportaria como um organismo inteligente, capaz de enfrentar as situações ameaçadoras e recriar a harmonia. Esse mecanismo regulador das condições foi chamado de Hipótese Gaia, como era chamada a Deusa Terra dos antigos gregos. Vem daí o nome da hipótese, que influencia fortemente o movimento ambientalista (Almanaque Abril 1996).
Fritjof Capra assim se expressou: “A Hipótese Gaia, por estar apoiada sobre a mitologia antiga, de uns tempos para cá, vem desfrutando reavivamento, inspirada pelos ativistas do meio ambiente e pelos aficcionados da Nova Era. Ajusta-se bem `visão global da Nova Era a noção que a terra é uma entidade viva e consciente, dotada de mente, a qual, por sua vez, participa de alguma mente universal ou “cósmica” (Alterando o Ponto: Ciência, Sociedade e Cultura Emergente, Fritjof Capra, p. 292).
PANTEÍSMO
Essa palavra vem do grego pan = tudo + Theós = Deus, dando a entender que tudo é Deus. De acordo com o panteísmo, Deus é o cabeça da totalidade e o mundo é o seu corpo. A formulação “panteísta” foi cunhada pela primeira vez por John Toland, em 1705. Por sua vez, Jacob Fay atacou a filosofia de Toland, e usou a forma nominal “panteísmo”. Desde então o termo tem sido continuamente usado. O panteísmo é uma espécie de monismo, que identifica a mente e a matéria, e que pensa que a unidade é divina. Assim, o finito e o infinito tornam-se uma e a mesma coisa, embora diferentes expressões de uma mesma coisa. O universo passa a ser autoexistente, sem começo, embora sujeito a modificações. De acordo com o panteísmo, todos os seres e toda a existência de Deus são concebidos como um todo.
Do ponto de vista bíblico, o panteísmo é deficiente por duas considerações:
- Nega a transcendência de Deus (ou seja, Deus não é sua Criação, mas está além dela) e defende Sua imanência radical (ou seja, Criador e Criação são uma e a mesma coisa), enquanto a Bíblia apresenta um equilíbrio, onde Deus está ativo na história e na sua criação, mas não é idêntico a elas.
- Identifica Deus com o mundo material, negando assim seu caráter pessoal. Nas Escrituras, Deus é retratado supremamente como uma pessoa.
Este é o conceito de Deus pregado pelos ecologistas. Na sua ânsia de defender a Terra divinizaram-na. Tudo é Deus e Deus é tudo. “Dessa forma, o homem não seria mais a coroa da Criação, mas “um ser semelhante” em igualdade de condições com os outros. Atrás dessa ideia está o panteísmo, que parte do pressuposto de que Deus pode ser encontrado em tudo que está vivo, ou seja, que tudo o que vive é igual a Deus” (Jornal Evangélico Chamada da Meia Noite, nº 03, Março/96, p. 11).
REVELAÇÕES DE ANJOS
Nem mesmo os “anjos” escaparam da terrível rede da ecoreligião. Não se contentando em se utilizar dos espíritos florestais do paganismo europeu, utilizam-se do contexto bíblico para amarrar ecologia e esoterismo. “Revelações ligadas ao meio ambiente oriundas de “anjos” ensinam a importância sagrada do meio ambiente e como as pessoas precisam estar mais preocupadas com a Terra, sua “genitora” espiritual. De acordo com essas revelações, as pessoas precisam aprender a enxergar a Terra como divina, e reconhecer que a adoração à criação é vital para uma espiritualidade renovada” (Os fatos Sobre os Anjos, John Ankerberg e John Weldon). Dessa forma, até os anjos endossaram a Hipótese Gaia e se tornaram ambientalistas.
É incrível como este assunto de meio-ambiente, que é de tanta importância, serviu amplamente de trampolim para todo tipo de culto ocultista pagão. Não podemos esquecer que as questões ambientais estão na pauta política das nações do mundo todo, o que acaba dando apoio governamental a todo este esoterismo. Essa “visão”, com relação a natureza, não é a visão bíblica de proteção à criação de Deus por ser esta a missão do homem sobre a Terra (Gn. 2.15; Sl. 115.16), mas a noção falsa e pagã do panteísmo.
ECORELIGIÃO E NEOPAGANISMO
“A Terra é nossa Mãe, precisamos cuidar dela
Em seu solo sagrado andamos a cada passo…
(Cântico da Roda de Cura em Honra à Mãe Terra)
Mas o amor pela natureza excedeu seus limites no mundo contemporâneo, assumindo o perfil de religião. O Movimento Nova Era assumiu posturas extremas com relação ao meio ambiente e dessa forma fomentou um retrocesso ao paganismo e à religião animista, onde todas as coisas têm espírito e devem ser reverenciadas.
“A consciência ecológica da Nova Era deriva-se da “percepção de uma unidade universal” e da teia interligada da vida biológica. Compartilha de muitos alvos do movimento ambientalista como um todo, e tira proveito da renovada apreciação pela cultura dos povos pré-colombianos e sua apreciação da natureza (…). Para muitos adeptos da Nova Era, a ecologia contém a verdade religiosa básica de onde emanam todas as religiões. Uma outra maneira de expressar isto é pela frase “Eu sou a Terra” (…) Bob Hunter, cronista do Greenpeace Chronicles, chega a denominar a ecologia de “religião da Nova Era” Ainda segundo o mesmo jornal, alinhar-se com a natureza é “liberar…a divindade que há dentro de nós, é ser elevado a um estão superior do ser. É ao mesmo tempo liberar o animal que está dentro de nós” (Compreendendo a Nova Era, Russel Chandler, p. 245, 246).
Culto à “Deusa Mãe” ou “Mãe Terra”, crença nos chamados elementais, gnomos, duendes, elfos e outras criaturas mitológicas dos bosques e florestas, foi o resultado de toda essa reverência idólatra pela criação. Os espíritos protetores da terra e do meio ambiente, fossem eles pertencentes à cultura dos índios americanos ou à cultura europeia, passaram a ser cultuado e aceitos como reais. A “Volta ao Verde” tornou-se a volta aos cultos e crenças ancestrais, quando animais e plantas passaram a receber adoração aberta.
O neopaganismo tem forte ligação com as antigas religiões de bruxaria dos antigos celtas, ligadas aos ciclos da natureza. A maior parte das religiões neopagãs tem poucos credos e não tem profetas. Sua base são as celebrações em certas estações do ano, os ciclos do plantio e da colheita, ou costumes e experiências e não a palavra escrita. Segundo Gordon Melton, do Instituto de Estudo das Religiões Americanas, na Califórnia, a grande maioria das pessoas que se consideram feiticeiros “segue a adoração politeísta, voltada para a natureza, da Grande Deusa Mãe”, cujos nomes incluem Diana, Ísis, Demeter e também Gaia” (Enciclopédia dos Cultos Americanos, 1986, p. 211).
Embora toda a retórica da Nova Era seja recheada de cunho científico, sua prática nada mais é do que puro culto pagão, onde um Deus impessoal é identificado com a Criação, e esta última sim, adorada como deusa. Nem toda a argumentação complexa formulada por tais ambientalistas pode livrá-los do fato de serem “ecólatras”. “Porque as suas coisas invisíveis, tanto o seu eterno poder quanto a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que fiquem indesculpáveis. Porque tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram e seu coração insensato se obscureceu, dizendo-se sábios tornaram-se loucos. Pois mudaram a verdade de Deus em mentira e adoraram mais a criatura (ou a criação) do que o criador” (Rm. 1.20,21,22,25).
Até mesmo Eddie Van Feu, autor do livro “Wicca – Rituais”, grande defensor da bruxaria moderna, admite: “O que caracteriza a Wicca? O amor à Terra e à natureza e o respeito a tudo e todos, acaba fazendo muita gente, como os ecologistas por exemplo, ligarem-se à Wicca sem o saber” (p. 13) e em contrapartida opõe a bruxaria moderna como superior ao Cristianismo neste aspecto, dizendo: “Os wiccanos possuem uma espécie de consciência que os faz tratar o planeta como um ser vivo, com respeito e dignidade, protegendo e amando todos os seus filhos – homens, animais, minerais, vegetais – como irmãos. A filosofia cristã, no entanto, prega que o Homem pode subjugar todos os outros seres e elementos, por ter sido criado superior”.
Diante de tudo isso só podemos concluir que certos aspectos do movimento pela ecologia foi “contaminado” por elementos religiosos ligados ao ocultismo. É extremamente difícil, como sempre foi, separar o joio do trigo. Apoiar uma causa ecológica qualquer pode significar envolver-se com crenças completamente pagãs e esotéricas. A causa, como vemos, tem até mesmo sido utilizada pelos adeptos da Nova Era com intuito de atacar o Cristianismo. Mas calar-se e omitir-se de forma total, pode significar concordância.
Sem dúvida, o movimento naturalista em defesa do meio ambiente, dos dias atuais, está fortemente influenciado por bruxas, esotéricos e muita gente que defende crenças neopagãs. Os nova erenses prometiam reintroduzir o aspecto sagrado à Terra, que dizem ter sido propositadamente destruído pelo mundo cristão. Os místicos acreditam que sararão a Terra de todos os problemas que lhe foram supostamente causados pelo Deus da Bíblia e os seus seguidores. Na verdade, a Terra só é sagrada quando vista sob o prisma das religiões pagãs orientais. No Cristianismo a Terra é criação de Deus, jamais foi dada a ela um espírito nem tampouco o título de divindade.
A “DEUSA” EM NÓS
Os esotéricos ensinam que a “Gaia”, a deusa Terra, somos nós e nós somos ela. Acreditam que todos são um, pois todos surgiram supostamente de uma única célula (monogênese).
Preste atenção a um pequeno trecho de um discurso que se tornou símbolo de campanhas ecológicas, atribuído ao chefe índio Seattle em 1854, endereçado a um representante do governo dos Estados Unidos da América: “Tudo o que acontecer à Terra acontecerá aos filhos da Terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos”. Alguém dificilmente deixaria passar despercebida a semelhança entre a declaração do líder indígena acima e a doutrina hindu que prega que somos um com os elementos da natureza e com Deus (monismo) e as afirmações novaerenses de que devemos cultuar e nos identificar com a “Mãe Natureza.” São dogmas idênticos de culturas pagãs diferentes. São todas crenças pagãs que prestam reverência à criação e aos supostos espíritos contidos na criação, em vez de ao Deus pessoal que nos criou.
O movimento esotérico em prol do meio ambiente acredita que a humanidade é produto de forças evolucionais inerentes ao próprio universo. Baseados nessa teoria, devemos nos resintonizar com a natureza, “nossa mãe,” em vez de nos reconciliarmos com o nosso Deus. Os novaerenses têm adotado o ponto de vista dos xamãs, de muitos pajés indígenas e dos místicos do Oriente de que o universo é uma entidade viva, da qual somos todos partes integrantes. Portanto, acreditam que nos tornamos completos quando nos religarmos com a natureza ou a “Mente Universal.”
Os apologistas cristãos Russ Wise e Tal Brooke, afirmam: “Acreditam que a deusa reside dentro do ser humano e necessita simplesmente de ser despertada. Então Starhawk, […] afirma que o indivíduo pode despertar a deusa apenas invocando e convidando que a sua presença se manifeste. Invocar a Deusa é despertar a Deusa dentro de nós […] é este aspecto que nós invocamos. Uma invocação canaliza poder através da imagem da Divindade visualizada”. Starhawk continua: “Nós já somos um com a Deusa – ela tem estado conosco desde o início, então a completeza se torna uma questão de auto-consciência. Para as mulheres a Deusa é o símbolo do mais íntimo da pessoa. Ela desperta a mente, o espírito e as emoções”.
A NATUREZA NEM SEMPRE É BOA
Dave Hunt é um dos mais respeitáveis apologistas cristãos da atualidade e um estudioso do ocultismo. No livro Occult Invasion, Hunt nos adverte: “Um dos caminhos mais aceitáveis e seguros que leva ao oculto nos dias atuais é o movimento de volta para a natureza em nome da preservação ecológica do nosso planeta. A Terra tem sofrido muitos danos nocivos em consequência do descuido e avareza da humanidade. Enquanto as nações industrializadas têm de levar sua cota de culpa, algumas das piores poluições e destruições têm ocorrido em terras comunistas, como também em países em desenvolvimento no Terceiro Mundo. Além disso, poluição (tais como aquelas causadas por erupções vulcânicas) e destruições (tais como: pragas das plantas e insetos, incêndios de florestas causadas por raios ou pragas) são partes integrantes da própria natureza. No entanto, a ilusão popular de que qualquer coisa ‘natural’ tem de ser benéfica, tem ganho aceitação imutável. Parece que foi ignorado que nada é mais natural do que doença, sofrimento, morte e desastres naturais (furacões, terremotos, secas, enchentes, apenas para citar alguns). De fato, é contra estas destruições regularmente criadas pela natureza que a humanidade tem desesperadamente lutado para se proteger e fazendo isso tem chegado até o presente nível de civilização.
Parece mais do que irônico que após os homens terem lutado por séculos contra as forças da natureza, algumas vezes mortais e frequentemente antagônicas, haveria agora um movimento crescente e popular conclamando uma parceria com estas mesmas forças.
A proposta de parceria com a natureza soa convidativa, mas não confortaria e tampouco enxugaria as lágrimas dos familiares que perderam seus entes queridos esmagados pelos destroços deixados por furacões na Flórida, de fome nas secas do nordeste brasileiro e afogados nas enchentes do sul. Para aquelas e outras vítimas da natureza, a “deusa Gaia”, não poderia ter sido mais cruel, malvada e impiedosa.
FIQUEMOS DE OLHOS BEM ABERTOS
Exatamente o inverso da pregação esotérica é o que nos ensina a preservar o planeta Terra como um método para descobrirmos o deus que supostamente somos. A ecologia esotérica apregoa que preservando a natureza vamos despertar em nós a deusa Gaia. Aceitar essa doutrina mística é beber profundamente no poço pagão do hinduísmo. Do prisma cristão, é ser tão míope ao ponto de a criatura querer ser igual ao seu Criador. E cair no conto da Serpente do Éden: “sereis iguais a Deus” (Gn. 3.5). É se transformar em um “Frankenstein” espiritual.
Seduzir as crianças para o ocultismo através da ecologia esotérica é, sem dúvida, uma armadilha bastante atraente usada por Satanás. Como pais e avós evangélicos, devemos ficar, mais do que nunca, de olhos bem arregalados, vigiando as escolas e os professores dos nossos filhos e netos. Mas para isso é preciso que os pais e avós saibam discernir a ecologia sadia da esotérica. Apoiar e incentivar a preservação da natureza correta é fundamental! Da mesma forma, execrar e criticar aquelas noções que seduzem nossas crianças para o misticismo é essencial! Nossos filhos estão sendo galanteados pela ecologia esotérica do hinduísmo endossada pela Nova Era.
Os modismos da cultura secular entram na igreja cristã com algum atraso. Os cristãos devem, portanto, ter bastante cautela antes de se engajar com o modismo do ambientalismo. Preservar os diversos ecossistemas é bom, mas preservar a fé é ainda melhor. Que as várias manifestações da natureza possam nos quebrantar diante da majestade do Criador:
“Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste, que é o homem mortal para que te lembres dele? […] Oh Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome sobre toda a Terra!” (SI. 8.3-9).
Bibliografia:
Defendendo o Verdadeiro Evangélico, José Gonçalves, cap. 29, CPAD, 2010.
Eco Religião, artigo do Pr. Eguinaldo Hélio de Souza em http://www.missaoatenas.com.br/site/?p=358.
Seduzidos pela Ecologia Esotérica, Samuel F. Magalhães Costa, Defesa da Fé, set/1999.