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Meditação Esotérica

Por   /  26 de julho de 2021  /  Sem comentários

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“Não se aparte da tua boca o livro desta lei; medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo o que nele está escrito. Então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido” (Josué 1.8)

A humanidade está às margens do sécu­lo XXI, vivendo ou sobrevivendo com a adrenalina a mil por hora. As pesso­as têm uma vida de qualidade precária, como consequência do corre-corre, das obrigações que as cercam, do estresse da vida moderna e eletrizante, dos traumas físicos e psicológicos, de decisões importantes e constantes a serem tomadas, da angústia e da ansiedade com o dia de amanhã, da instabilidade no emprego, do desemprego alarmante e das crises frequentes de depressão. As pessoas estão chegando ao limite da exaustão! O ser humano quer paz e tranquilidade!

Está pronta, então, a mente perfeita (o palco perfeito) para a meditação esotérica entrar em cena disfarçada de uma super-técnica milenar que reivindica ser capaz de devolver a harmo­nia de viver.

Ora, meu leitor pode estar pensando: A Bí­blia endossa e incentiva a meditação. As pala­vras ‘medita(o)’ ou ‘meditarei’ ou ‘meditação’ aparecem dezessete vezes na Bíblia. Que há então de tão diferente entre os procedimentos recomendados pela meditação das religiões orientais e os do cristianismo? Ora, será que os evangélicos são contrários a meditação?

Bem, o que tencionamos com este artigo é diferenciar os dois tipos de meditação: a esoté­rica e a cristã, a fim de que a igreja de Cristo possa se posicionar entre a febre crescente de meditação esotérica que nos envolve e a medi­tação que é agradável ao Senhor.

MEDITAÇÃO ESOTÉRICA

A meditação esotérica é oriunda do Oriente, oriente que espiritualmente não orienta, e, sim, desorienta. A meditação esotérica faz parte do tripé do ocultismo (meditação – iluminação – reencarnação). As metodologias e os tipos de meditação mística são os mais diversos. O processo geralmente exige uma atitude correta, às vezes jejum de algumas horas, longos períodos de silêncio, relaxar o pensamento (inicialmente o praticante tem de esvaziar a mente).

Em seguida realiza uma visualização (ima­ginar estar em uma floresta, ou às margens de uma cachoeira, ou nas nuvens, ou em qual­quer local que passe tranquilidade); muitas vezes, recitações de mantras (são sons apa­rentemente sem nenhum significado, mas que quase sempre são nomes de divindades hin­dus ou budistas), taquipnéia forçada, e por fim tentar se comunicar com um “ser” dentro do próprio praticante (chamam este “ser” de “Eu Superior”).

Sintetizando: A meditação oriental (esotéri­ca) tem dois passos: o primeiro é esvaziar a mente da pessoa, e o segundo é direcionar esta mente vazia e desprotegida para a busca de um suposto “Eu Superior” introvertido. É a busca de uma suposta deidade interior; é o ser humano supostamente sentindo-se “um com deus”.

A meditação mística se apresenta como uma técnica para relaxar e se conhecer (realização de uma “gnose”); no entanto, na verdade, esse tipo de meditação coloca o praticante na boca do lobo espiritual; torna o praticante presa fácil para o predador Satanás; é colocar um pezinho nas profundidades das trevas; é cair em terreno movediço.

Analisaremos, de forma sucinta, apenas duas das mais populares técnicas de meditação mística:

Yoga

No glossário do livro A Nova Era: Um Passo Para a Manifestação do “Maitreya ” e da Prosti­tuta Babilônia, afirmamos que para a maioria da ingênua população brasileira, a yoga é ape­nas uma forma de relaxar, tranquilizar, normali­zar a pressão arterial e o colesterol, ficar com a musculatura torneada e abolir algum vício. No Brasil a yoga é praticada em academias de gi­nástica, spas, escolas e até em igrejas.

A palavra vem do indiano antigo (sânscrito) e literalmente significa “união com Brâman” (em inglês, Brahman). Brâman é o deus do Hinduísmo, caracterizado como uma força energética, impessoal, que habita em todas as criaturas vivas. Assim, os hindus acreditam que Brâman está dentro do rato, da vaca, do ser humano e de outros animais.

O exercício de yoga é praticado há quase cinco mil anos na índia, e não existe uma pes­soa específica que possa ser identificada como seu criador. O adepto da yoga deve sentarse no chão, cruzar as pernas e colocar os ombros para trás (conhecida como a “posição da flor- de-lótus”), embora existam também outras pos­turas para praticar a yoga. Em seguida, o prati­cante deve iniciar uma meditação, cujo objeti­vo é libertar a “consciência de divindade” que existe dentro dele.

A yoga não é mencionada na Bíblia Sagra­da, mas em compensação a hindu Bbagavad-Gitã de­dica um capítulo todo à prática da yoga. Obser­ve o que está por trás da yoga: “… a meta úl­tima da prática de yoga é ver o Senhor dentro de si, quem é consci­ente de Krsna (Krisna) já é o melhor dos yogis” “… praticar yoga, em especial a bhakti-yoga em consciência de Krsna, pode parecer uma tarei muito difícil. Mas se alguém seguir os princípios os com muita determinação, o Senhor certa mente ajudará, pois Deus ajuda a quem se ajuda”. “Servir a Krsna com sentidos purifica­dos chama-se consciência de Krsna. Esta é a maneira de deixar os sentidos sob complete controle. Aliás, esta é a mais elevada perfeição da prática de yoga”.

Meditação Transcendental (MT) com entoação de mantra

Acreditamos que uma boa maneira de sentir­mos o mundo tenebroso que há por trás desse tipo de meditação é lermos os testemunhos de dois ex-instrutores (Joan e Craig) de MT relata­dos no livro Occult Invasion, de Dave Hunt:

JOAN: A iniciação que cada um tem que passar é uma cerimônia de louvor hindu em honra a deuses hindus e mestres ascendidos, incluindo o próprio guru morto de Maharishi chamado Dev.

Como professora de MT me foi dito para mentir… dizer-lhes (aos ini­ciantes) que o mantra que nós tínhamos dado a eles era um som sem significado, a re­petição do mantra os aju­daria a relaxar – no entan­to, na verdade, era o nome de uma deidade hindu com poderes ocultos tremendos por trás dele.

Para os que realmente se en­volveram com isso, a MT era como ter tomado uma espaçonave para outro estado de cons­ciência… Eles eventualmente acreditariam… que eles poderiam se tornar Deus”.

“CRAIG: Eu estava profun­damente envolvido em MT por vários anos antes de começar a reconhecer que tinha me associa­do a uma seita hindu. Àquela altura, no entanto, já estava muito compro­metido… para retroceder…

Várias centenas de nós, de várias par­tes do mundo, estudaram por um mês com Maharishi na Europa para se tornarem professores de MT… e o efeito que isso teve foi às vezes muito tenebroso.

Alguns veriam espíritos grotescos sentados junto deles enquanto meditavam. Alguns foram atacados pelos espíritos. Outros [foram]… to­mados por uma fúria cega, até com o impulso para cometer assassinato… Maharishi explicou que carmas ruins de vidas passadas estavam sendo trabalhados – uma parte necessária da nossa jornada para uma “consciência mais ele­vada”.

Eu finalmente alcancei a Unidade do Conhe­cimento… No entanto, o sentimento eufórico inicial de que eu “tinha conseguido”… em bre­ve deu lugar ao pânico. Eu tinha perdido a ha­bilidade de decidir o que era “real” e o que não era.

Maharishi me disse para parar de meditar. Gradualmente retornei ao semblante de normalidade – mas eu sofria de lapsos frequentes para dentro da Unidade do Conhecimento, mui­to parecido com um “flashback” de LSD.

Depois de retornar para os Estados Unidos, trabalhei na Universidade Internacional de Maharishi. Meu companheiro de quarto come­teu suicídio e fui confinado a uma instituição psiquiátrica”.

Muitos outros tipos de meditações esotéricas poderíamos descrever, mas o espaço deste arti­go nos é limitado.

Meditação Crista

O Reverendo Bob Larson, no seu livro Larson’s New Book of Cults, afirma:

“A raiz da palavra meditação implica um pro­cesso ruminativo de uma digestão vagarosa das verdades de Deus. Isso envolve um pensamen­to concentrativo, dirigido, que medita nas leis, obras, preceitos, palavra e pessoa de Deus. ‘Medite nEle’ é a mensagem da Escritura. […] A meditação mística cultua o próprio ser como uma manifestação interior de Deus. A medita­ção bíblica estende-se ao exterior para um Deus transcendental que nos levanta acima da nossa natureza interna pecaminosa para comungar com Ele através do sangue do Seu Filho”.

Não interessa se a experiência mística vem através do uso de drogas, da prática de yoga, canalização, MT, mediunidade, hipnose, ex­periências de quase-morte, cromoterapia ou de qualquer outra metodologia. O processo de buscar orientação espiritual, não no Deus da Bíblia, mas em um “deus” (o “Eu Superi­or”) que alegam estar dentro de cada ser hu­mano, é uma ilusão satânica. Temos diversos testemunhos de ex-esotéricos que afirmam ter tido contatos, durante a prática da meditação mística, com demônios disfarçados até de “Je­sus Cristo”.

As duas maiores diver­gências entre a meditação esotérica e a cristã são:

A primeira, que a cristã não aceita esvaziar a men­te (“a cessação do pensa­mento”). Mente vazia é alvo fácil para a posses­são demoníaca. Não se es­queçam de que Jesus afir­mou que um demônio, após ter saído de um ho­mem, retornou para o mesmo homem, algum tempo depois, porque o homem continuava espi­ritualmente desabitado (Mateus 12:43 a 45).

A segunda divergência é que a meditação cristã é sempre direcionada a Deus, a Suas obras maravilhosas, aos Seus sábios preceitos e à Sua Palavra Sagrada, jamais direcionada a uma con­templação vazia de algum aspecto da natureza e tampouco direcionada à nossa própria intui­ção, pois o coração do homem enganoso é (Je­remias 17:9). “Quanto amo a tua lei! Nela medi­to o dia todo” (Salmos 119:97); “Na minha cama, lembro-me de ti; medito em ti nas vigílias da noite” (Salmos 63:6); “Tenho mais entendimen­to do que todos os meus mestres, pois medito nos teus estatutos” (Salmos 119:99); “Lembro- me dos dias antigos; medito em todos os teus feitos e considero a obra das tuas mãos” (Sal­mos 143:5).

CONCLUSÃO

De um lado, o objetivo final da meditação esotérica é o controle total das mentes dos pra­ticantes por forças ocultas anticristãs. Do outro lado, o alvo da meditação cristã é o cultivo constante do relacionamento de amor e depen­dência do homem limitado com o seu único Deus – Maravilhoso, Criador, Oni­presente, Onipotente, Onisciente e Ili­mitado.

As pessoas estão cansadas mesmo exaustas; procuram tranquilidade de espí­rito e estão dando ouvidos para o canto da sereia esotérica. Fazer a opção pela meditação eso­térica (da Nova Era) é satisfazer-se com ilusões. Cair na sedução da meditação oriental (esotéri­ca) é andar por caminhos movediços que con­duzem à morte eterna.

A opção espiritualmente correta é meditar na Palavra de Deus que conduzirá o humano ao único caminho para a vida eterna – Jesus Cris­to. Estás cansado? Disse Jesus: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarrega­dos, e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28).

Medita, pois, no Senhor! Amém!

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Dr. SAMUEL FERNANDES MAGALHÃES COSTA – REVISTA DEFESA DA FÉ – ANO 2 – N° 10

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