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O Cristão e a sua Sexualidade

Por   /  15 de junho de 2022  /  Sem comentários

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Sem sombra de dúvidas, vivemos num mundo dominado pelo erotismo, de forma avassaladora e contagiante. Segundo pesquisas sobre o assunto, grande parte dos acessos à Internet refere-se a pessoas interessadas em sexo. Os filmes que são exibidos no cinema e na TV em sua quase totalidade, incluem o tema do sexo. O mesmo se dá com as novelas, especialmente no Brasil. A família está exposta à exploração do sexo de modo grotesco e irresponsável. Em horários considerados nobres, e impróprios para certas apresentações, a mídia encarrega-se de mostrar cenas de sexo explícito para todos os lares, diante dos olhares admirados de adultos, jovens e crianças em tenra idade. É o apelo do sexo em sua forma mais degradante, invadindo os lares, inclusive de cristãos que não vigiam quanto ao que põem diante de seus olhos, e não pratica o que está escrito em Salmos 101.3.

O que Deus fez como sendo bom, fruto de seu amor para com o ser criado, no Eden; o Diabo encarregou-se de transformar em algo pecaminoso e vil. Quando Deus fez o primeiro casal, incluiu em sua estrutura emocional e física, os órgãos e o instinto sexual. E o fez com propósitos muito elevados, como tudo que o Criador realizou. Dessa forma, a sexualidade faz parte da vida de qualquer ser humano. No casamento, a sexualidade exerce papel fundamental, indispensável para o bom relacionamento entre os cônjuges, dentro do plano de Deus para o matrimônio. Fora do matrimônio, no entanto, a Bíblia nos alerta para as práticas indignas, reprovadas de modo incisivo e claro, diante de Deus. Desejamos ressaltar alguns pontos importantes neste capítulo, com base na ética cristã, e na Bíblia Sagrada.

VISÃO BÍBLICA DO SEXO – O SEXO FOI FEITO POR DEUS

O Criador fez o homem, incluindo o sexo. E “viu que tudo era bom” (Gn 1.31). As mãos que fizeram os olhos, o cérebro, o coração, os pulmões, o aparelho digestivo, os ossos, as veias, e outros órgãos, também fizeram os órgãos sexuais. AquEle que criou a mente, também criou o instinto sexual. Jesus, mesmo em sua missão divina, era homem normal, incluindo a | sexualidade, santificando-a na pureza e santidade de seu corpo. Ele foi I circuncidado ao oitavo dia (Lc 2.21-23). “E o Verbo se fez carne…” (Jo 1.1).

Num seminário para a família, em certa igreja, quando afirmei que Jesus era um homem normal, incluindo sua sexualidade, uma senhora muito piedosa discordou, dizendo que tal ensino não deveria ser dado, pois Jesus, sendo o Filho de Deus, não poderia ter tido órgãos sexuais. Um certo suspense ficou no ar, ante os olhares inquiridores dos participantes daquele encontro. Somente após abrir a Bíblia, e mostrar que Jesus fora circuncidado aquela pessoa pôde conformar-se com a afirmação acima.

O HOMEM PARTICIPANDO DA CRIAÇÃO

“Se Deus quisesse, Ele, que é onipotente, poderia ter feito o homem de modo diferente. Poderia ter criado uma árvore que produzisse seres humanos; poderia ter feito aparecer o homem, dizendo apenas: ‘Faça-se!’ — Mas não foi assim — e por que não foi assim? — Porque, sendo o homem imagem e semelhança de Deus, Ele quis que o ser criado participasse diretamente da procriação de novos seres, dando-lhes, no corpo, instrumentos maravilhosos, que são as glândulas, os órgãos e o instinto sexual”.

A procriação, portanto, é a continuação do ato criador de Deus, através do homem. Para tanto, o Senhor dotou o ser humano de capacidade procriadora, e instituiu o matrimônio e a família, objetivando a legitimação desse processo complexo, de significado transcendental. Deus quis, na sua soberania, que o homem desse continuidade à espécie, através da procriação. Ele o fez macho e fêmea, indicando a clara e inequívoca diferenciação entre os sexos (cf. Gn 1.27). Neste plano, observamos que há princípios, dentro da vontade de Deus.

A RELAÇÃO SEXUAL É PRIVATIVA DOS CASADOS

A ordem de crescer e multiplicar não foi dada a solteiros, mas a casados: “macho e fêmea os criou” (Gn 1.27). Deus não quis que o homem vivesse só, e lhe deu uma esposa, já formada, preparada para a união conjugal. Deus exorta o homem a desfrutar o sexo com a esposa e não com a namorada ou a noiva. Em Cantares de Salomão, tem-se a exaltação do amor conjugal e não entre solteiros (Ct 4.1-12; Ef 5.22-25). Há pesquisas que indicam que 50% dos jovens evangélicos já praticaram sexo antes do casamento. Isso é moralmente errado, é pecado grave.

A libertinagem, envolvendo o sexo, é tão grande, que no ano de 2000, segundo fontes do Ministério da Saúde, houve mais de um milhão de casos de gravidez entre adolescentes. A cada ano esse número parece aumentar, mesmo a despeito da chamada educação sexual nas escolas”, patrocinada pelos órgãos governamentais Através dos meios de comunicação, percebe-se claramente que o assunto do sexo é tratado de forma puramente informativa, sem o mínimo cuidado de se lavar em conta valores éticos e morais. Se as pesquisas que indicam a prática sexual entre jovens evangélicos estiveram corretas, certamente estaremos diante de um sério problema de ordem ética e espiritual, que pode comprometer o futuro da moralidade cristã, que deve pautar-se pelos sagrados princípios das Sagradas Escrituras.

Fonte: Ética Cristã – Confrontando as questões morais do nosso tempo, Elinaldo Renovato de Lima, 1ª Edição/2002, CPAD.

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  • Publicado: 1 ano atrás em 15 de junho de 2022
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  • Última modificação: junho 15, 2022 @ 11:39 am
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