Entre as excrescências que procuram identificar-se com o cristianismo tal como ele nos é revelado pelo conjunto dos escritos do Novo Testamento, encontra-se a teoria da observância do sábado- judaico, imposto aos cristãos resgatados pelo sangue de Cristo e justificados pela Sua ressurreição. Chega-se a considerá-lo como uma obrigação cuja violação ocasiona a perdição! Um erro conduz a outro, da mesma forma que a revelação duma verdade divina conduz a uma outra verdade (João 16:13).

Examinemos, à luz da Palavra de Deus, a doutrina chamada Sabatismo, sem nos ocuparmos de outras teorias que lhe são mais ou menos semelhantes (Adventismo, etc.) e formam um completo sistema legalista e ‘‘profético”, estranho e mesmo contrário à “fé dada uma vez por todas aos santos” (Judas 3).

Da mesma maneira que uma religião que se exprime publicamente numa língua morta não pode produzir senão a morte espiritual e manter nela os que a ela se dedicam, assim uma teoria que faz voltar o crente para a lei, submete-o a uma lei de morte. Porque a lei é “uma letra que mata”, “um ministério de condenação”, como veremos.

Pela Sua ressurreição, Jesus Cristo pôs em evidência a vida e a imortalidade; Ele inaugurou o começo duma obra criadora de vida, de vitória, de liberdade, de santidade e de verdade, cumprida pelo Seu Espírito de vida que habita no crente (Romanos 8:1-11; Efésios 3:14-17).

Impelidas pelas necessidades da alma, muitas pessoas ignorantes da Bíblia, mas não satisfeitas do seu estado espiritual, deixam-se atrair e seduzir pelo Sabatismo; ora esta falsa doutrina atinge a própria base da salvação e a plena suficiência da obra redentora de nosso Senhor Jesus Cristo. A sinceridade daquelas pessoas assegura o êxito deste erro que, uma vez aceito, as coloca sob uma lei que não é a “do Espírito de vida que está em Jesus Cristo” (Romanos 8:2), mas uma energia de erro que por sua vez elas propagam. Elas condenam então todos os que não guardam o sábado, agindo sob a inspiração do zelo sectário e da persuasão mental próprios a esta sedução (Gálatas 5:7-8). O Sabatismo é a própria negação da liberdade gloriosa dos filhos de Deus, assim como da Graça soberana e plenamente suficiente de nosso Senhor Jesus Cristo.

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Fonte: Livro – Cristianismo ou Sabatismo?,H. E Alexander