Carregando...
Você está em:  Home  >  Espiritimos  >  Artigo

O Espiritismo: Um engano antigo

Por   /  17 de julho de 2021  /  Sem comentários

    Imprimir       Email

O Espiritismo é, sem dúvida, o mais antigo engano religioso já sur­gido. Conforme Deuteronômio 18.9- 14, os cananeus já o praticavam desde os mais remotos tempos. Po­rém, em sua forma moderna como hoje é conhecido, o seu ressurgimen­to se deve a duas jovens norte- americanas, Margaret e Kate Fox, de Hydeville, Estado de Nova Ior­que.

RESUMO HISTÓRICO DO ESPIRITISMO

Estranhos fenômenos

Em dezembro de 1847, Margaret e Kate, respectivamente de doze e nove anos, começaram a ouvir pancadas em diferentes pontos da casa em que moravam. À princípio julgaram que esses ruídos fossem produzidos por ratos e camundongos que infestavam a casa. Porém, quando os lençóis começaram a ser arrancados das camas por mãos invisíveis, ca­deiras e mesas tiradas dos seus lu­gares, e uma mão fria tocou no rosto duma das meninas, percebeu-se que o que estava acontecendo eram fenômenos sobrenaturais. A partir daí as meninas inventaram um meio de comunicar-se com o autor dos ruí­dos, que respondia às perguntas com determinado número de panca­das.

A expansão do movimento

Partindo desses acontecimentos, que receberam ampla cobertura dos meios de comunicação da época, propagaram-se sessões espíritas por todos os Estados Unidos da Améri­ca do Norte. Na Inglaterra, porém, a consulta aos mortos já era muito popular entre as camadas sociais mais elevadas. Por conseguinte, os médiuns norte-americanos encon­traram ali um solo fértil onde a se­mente do espiritismo haveria de ser semeada, nascer, crescer, florescer e frutificar. Na época, outros países da Europa também foram visitados com sucesso pelos espiritistas norte- americanos.

Allan Kardec

Na França, a figura de Allan Kardec é a principal dos arraiais espiritistas. Léon Hippolyte Rivail (o verdadeiro nome de Allan Kardec), nascido em Lião, em 1804, filho dum advogado, tomou o pseudônimo de “Allan Kardec” por acreditar ser ele a reencarnação dum poeta celta com esse nome. Di­zia ter recebido a missão de pregar uma nova religião, o que começou a fazer a 30 de abril de 1856. Um ano depois publicou O Livro dos Espíri­tos que muito contribuiu na propa­ganda espiritista.

Subdivisão do Espiritismo

 O Espiritismo latino, já separado do anglo-saxão pela teoria da reencar­nação, se subdividiu em mais duas correntes: a kardecista ou doutriná­ria, e a experimental.

ELEMENTOS DO ESPIRI­TISMO

Embora consideremos o Espiri­tismo igual em toda a sua maneira de ser, os próprios espíritas prefe­rem admitir haver diferentes formas de Espiritismo, assim dividido: a) Espiritismo comum; b) baixo Espi­ritismo; c) Espiritismo científico; e d) Espiritismo kardecista.

Espiritismo comum

Dentre as muitas práticas desta classe de Espiritismo, destacam-se:

Adivinhação pelo exame das linhas da palma da mão. O mesmo que “quiroscopia”.

Adivinhação pela decifração de combinações de cartas de jogar.

Estudo dos ele­mentos normais e principalmente patológicos de uma personalidade, feito através da análise da sua es­crita.

Arte de adivi­nhar por meio da água.

Estudo e/ou co­nhecimento da influência dos as­tros, especialmente dos signos, no destino e no comportamento das pessoas; também conhecida como “uranoscopia”.

Baixo Espiritismo

O baixo Espiritismo, também conhecido como Espiritismo pagão, inculto e sem disfarce, identifica-se pelas se­guintes práticas:

Culto de negros antilhanos, de origem animista, e que se vale de certos elementos do ritual católico. É praticado principalmen­te no Haiti.

Candomblé. Religião dos ne­gros ioruba. Praticado principal mente na Bahia.

Designação dos cultos afro-brasileiros, que se con­fundem com os da macumba e dos candomblés da Bahia, xangô do Per­nambuco, pajelança da Amazônia, tambor do Maranhão, do catimbó e outros cultos sincréticos.

Ritual da ma­cumba que se confunde com o da umbanda.

Sincretismo reli­gioso afro-brasileiro, derivado do candomblé, com elementos de vá­rias religiões africanas, de religiões indígenas brasileiras e do catolicis­mo romano.

Espiritismo científico

O Es­piritismo científico é também co­nhecido como “Alto Espiritismo”, “Espiritismo Ortodoxo”, “Espiritis­mo Profissional” ou “Espiritualismo”. Ele se manifesta, inclusive, como “sociedade”. Esta classe de Espiritismo tem sido conhecida também como:

Método filosófico dos que não seguem sistema algum, escolhendo de cada um a parte que lhes parece mais próxima da verda­de.

Doutrina ou ati­tude de espírito que preconiza que o ensinamento da verdade deve reser­var-se a um número restrito de ini­ciados, escolhidos por sua inteligên­cia ou valor moral.

Conjunto de dou­trinas religioso-filosóficas que tem por objetivo a união do homem com a divindade, mediante a elevação progressiva do espírito até à ilumi­nação.

Espiritismo kardecista

O Espiritismo kardecista é a classe de Espiritismo mais comumente prati­cado no Brasil, e tem como princi­pais teses, as seguintes:

  • Possibilidade de comunicação com espíritos desencarnados.
  • Crença na reencarnação.
  • Crença de que ninguém pode im­pedir o homem de sofrer as conse­quências dos seus atos.
  • Crença na pluralidade dos mun­dos habitados.
  • A caridade como virtude única, aplicada tanto aos vivos como aos mortos.
  • Deus, embora exista, é um ser im­pessoal habitando um mundo longínquo.
  • Mais perto dos homens estão os espíritos “guias”.
  • Jesus foi um médium e reforma­dor judeu, nada mais que isto.

A TEORIA DA REENCAR­NAÇÃO

A teoria da reencarnação se constitui o cerne de toda a discussão espiritista. Destruída esta teoria, o Espiritismo não poderá sobreviver.

Reencarnação ou ressurrei­ção?

Allan Kardec afirmou que “a reencarnação fazia parte dos dog­mas judaicos sob o nome de ressur­reição.” E acrescenta: “A reencar­nação é a volta da alma ou espírito, à vida corporal, mas em um outro corpo novamente formado para ele que nada tem de comum com o an­tigo.” (O Evangelho Segundo o Es­piritismo, págs. 24,25).

A Bíblia jamais faz qualquer re­ferência à palavra reencarnação, e, tampouco, confunde-a com a pala­vra ressurreição.

Ressurreição na Bíblia

Ao longo de toda a Bíblia são mencio­nados os casos de ressurreição, sete de restauração da vida (isto é, res­surreição para tornar a morrer), e um de ressurreição no sentido ple­no, final o de Jesus. Esse foi dife­rente, porque foi ressurreição para nunca mais morrer, não pelo fato dEle ser Jesus, mas porque ao res­surgir, Ele tornou-se o primeiro da real ressurreição (1 Co 15.20,23).

A ressurreição de Lázaro. O testemunho bíblico no capítulo 11 de João é que Lázaro:

  • estava morto (vv. 14.21,32,37):
  • estava sepultado já havia qua­tro dias (vv. 17,39);
  • já cheirava mal (v. 39);
  • ressuscitou ainda amortalhado (v. 44);
  • ressuscitou com o mesmo cor­po e com a mesma aparência que possuía antes de morrer (v. 44).

A ressurreição de Jesus. O tes­temunho das Escrituras quanto à morte e ressurreição de Jesus é que:

  • os soldados testemunharam a sua morte (Jo 19.33);
  • José de Arimatéia e Nicodemos sepultaram-no (Jo 19.38-42);
  • Ele ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc 24.6);
  • mesmo após ressuscitado ele ainda portava as marca dos cravos nas mãos, para mostrar que o seu corpo agora vivo, era o mesmo no qual sofrerá a crucificação, porém glorificado (Lc 24.39; Jo 20.27).

INVOCAÇÃO DE MORTOS (Dt 18.9-14)

Os dogmas da reencarnação e da invocação de mortos são as duas principais estacas de sustentação de toda a fraude espiritista. A despeito de Allan Kardec invocar o testemu­nho das Escrituras a favor de ambas as teorias, a verdade é que as Es­crituras as condena abertamente.

O que a Bíblia diz

Quanto à invocação de mortos e outras práti­cas espiritistas, diz Deus através do profeta Isaías: “Quando vos disse­rem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre den­tes; – não recorrerá um povo ao seu Deus? a favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos? À Lei e ao Teste­munho! se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva” (Is 8.19,20).

A proibição divina de se consul­tar os mortos não prova que exista comunicação dos vivos com os mor­tos. Prova apenas que havia a tenta­tiva de comunicação. Na prática de tais consultas aos mortos, sempre houve embuste, mistificação, men­tira, farsa e manifestação de demô­nios. É o que acontece nas sessões espíritas, onde demônios enganado­res se manifestam, identificando-se com os nomes de pessoas amadas que faleceram.

O estado dos mortos

O tes­temunho geral das Escrituras é que os mortos, devido ao local em que se encontram suas almas, não têm parte em nada do que se faz e acontece na ter­ra. Sobre esse assunto, note o que disseram

  • Salomão: “Porque os vivos sa­bem que hão de morrer, mas os mor­tos… já não têm parte alguma neste século, em cousa alguma do que se faz debaixo do sol.” (Ec 9.5,6).
  • Jó: “Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir. Nunca mais tornará à sua casa, nem o seu lugar jamais o conhece­rá.” (Jó 7.9,10).

Quanto ao caso de Saul e a pitonisa de En-Dor (1 Sm 28), um estu­do acurado, honesto e despretensioso da passagem em apreço mostra que naquela sessão espírita, um de­mônio e não Samuel ali se manifes­tou. Do contrário, como iria Deus permitir que o seu servo Samuel se servisse como elemento duma práti­ca que o próprio Deus condena? O próprio Saul somente procurou a pitonisa quando desviado. Antes disso ele mesmo expulsara daquela terra os feiticeiros.

————————

LIÇÕES BÍBLICAS – CPAD – 1986

    Imprimir       Email

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *