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Pêndulo e Horóscopo

Por   /  29 de outubro de 2021  /  Sem comentários

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Devido ao destaque que estão tendo entre as práticas espíritas, o pêndulo e o horóscopo mere­cem considerações mais detalhadas. Vamos, primei­ramente, ao pêndulo ou varinha mágica.

Muitos têm procurado colocar na categoria de ciência o pêndulo ou varinha mágica, com o nome de radiestesia ou criptestesia. O fenômeno é expli­cado como sendo movimentos automáticos e incons­cientes dos músculos de uma pessoa sensitiva. Mas será este mesmo o caso? Não há nenhum envolvi­mento com as forças ocultas? Temos bastante ra­zão para desconfiar da presença de algum demô­nio por trás disto, devido aos seus usos estranhos e aos seus espantosos resultados. Basta que citemos aqui alguns dos casos de uso do pêndulo ou da va­rinha mágica para que suspeitemos logo. Vejamos alguns dos seus usos: adivinhar ou localizar água no subsolo; localizar pessoas ou objetos perdidos; adivinhar os bons ou maus resultados de uma via­gem ou de um negócio ou ainda de um casamento; diagnosticar moléstias e determinar para elas os re­médios certos, pondo o pêndulo sobre fotografias ou sobre peças de roupas, lenços, mapas, etc.; sa­ber se um embrião é do sexo masculino ou femi­nino; constatar se determinadas pessoas que estão distantes ainda vivem, e até prever a morte de quem quer que seja.

Ora, como vemos, isto escapa completamente ao domínio da ciência. Além do mais, foi constatado que as pessoas que lidam com o pêndulo estão sujeitas a assombrações, depressões e tendências ocultistas. E ainda “há o perigo dos seus efeitos em pessoas sugestionáveis, devido às reações psíqui­cas de movimentos reflexos”. Se existe alguma modalidade de pêndulo, cujo uso seja absolutamente natural e científico, não está incluída na classifica­ção de ocultismo que condenamos. Pelas aplica­ções, usos e efeitos, sabemos que o pêndulo não está sujeito às leis naturais, ficando assim na de­pendência espiritual de fenômenos e poderes que não podem ser cientificamente explicados. Então trata-se de um método ocultista de adivinhação, o que condenamos, porque Deus diz na Sua Palavra: “Não se achará em ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos” (Deuteronômio 18.10, 11).

Você crê em horóscopo?

Nos dias difíceis e incertos em que vivemos, muitos estão buscando orientação para a vida na astrologia. Para tudo consultam o horóscopo, para calcular a influência dos astros sobre suas relações e negócios, pensando que se trata de uma ciência. Mas muitos se surpreendem, quando ouvem o que a Sociedade Astronômica diz oficialmente sobre a astrologia. Eis o que diz ela:

“A Sociedade Astronômica, aproveitando o ensejo da convenção deste ano (1949), em Bonn, adverte encarecidamente o grande pú­blico sobre a propagação contínua dos males da astrologia. A crendice de que a posição dos astros, por ocasião do nascimento de uma pes­soa possa influenciar a vida desta, e que o homem possa consultar os astros em questões relativas à sua vida pública ou particular, tem sua origem na antiga ideia astronômica de que este mundo, e com ele a raça humana, se situa no centro dos acontecimentos cósmicos. Toda­via, este conceito já desapareceu há muito tempo. O que hoje se apresenta como as­trologia, cosmobiologia, etc., nada mais é do que superstição, charlatanismo, e negócio” (Kurt E. Koch, O Alfabeto do Diabo, pg. 19).

De acordo com esse pronunciamento, vemos que a astrologia não é ciência, ficando assim redu­zida a uma prática pagã e idólatra. Originou-se com os babilônios, que dividiam o Zodíaco em três seções, controladas pelos seus três deuses principais. Os gregos também colocavam os plane­tas como parte dos seus ídolos. Os principais astró­logos de hoje creem que o Sol é o corpo do Logos do seu sistema solar, chegando alguns a afir­mar que “nele, no Sol, nós vivemos e nos movemos e existimos”. Dizem que os planetas são os anjos do Sol. Chegam mesmo a cultuar o Sol. Assim, a as­trologia é uma seita pagã.

É fácil ver as consequências horríveis da prá­tica do horóscopo. Diz o médico e cientista doutor Schrank:

‘‘Quando o líder astrológico Werle declara que a astrologia é quiromancia, portanto, a arte de adivinhar conscientemente, abandona o fundamento da ciência e se encaminha para os pantanais da superstição. Podemos ver quão perigosa ela é, pelo modo por que produz sé­rios distúrbios psíquicos, temor da vida, deses­pero e abalos nervosos em pessoas sensíveis. A astrologia paralisa a iniciativa e o poder de discernimento; embrutece e estimula a superficialidade; molda a personalidade a nível de movimento subterrâneo que viceja nas trivialidades” (O Alfabeto do Diabo, pg. 17.)

O que este médico e cientista diz, tem sido confirmado em inúmeros casos. O espaço aqui só nos permite lembrar um caso citado no livro aci­ma mencionado. É o daquele jovem, que tendo ido consultar um astrólogo, recebeu a informação de que não iria ser feliz com a primeira mulher com quem havia de se casar, porque ela não era a que o destino havia determinado para ele. Porém, acrescentou que ele se casaria com uma segunda mulher, que seria a determinada, a qual o tornaria feliz. E foi assim, que na noite do seu primeiro casamento, o moço já estava dizendo ao seu irmão mais velho que não seria feliz, e que teria que se casar com uma segunda mulher, a fim de encon­trar a felicidade, conforme a orientação da astro­logia. A mulher com quem se casou pela primeira vez era uma excelente esposa, amiga dos parentes do esposo, e tiveram três filhos. Mas, logo que nas­ceu o terceiro, o marido a abandonou e casou-se com outra, em obediência à determinação do ho­róscopo. Mas, com esta segunda mulher, só deu cer­to por uns poucos meses, e ele acabou abandonan­do-a também. Havia sido uma vítima da astrologia. Sua personalidade foi mudada. Sua iniciativa e poder de discernimento foram paralisados. A superstição foi o que estragou sua vida e seu destino, bem como o de suas duas famílias.

Eis porque a Bíblia, a orientação divina para a pessoa humana, condena a prática do horóscopo. Vejamos o que diz a Palavra de Deus:

“Já estás cansada com a multidão das tuas consultas! Levantem-se, pois, agora, os que dissecam os céus e fitam os astros, os que em cada lua nova te predizem o que há de vir sobre ti. Eis que serão como restolho, o fogo os queimará; não poderão livrar-se do poder das chamas” (Isaías 47.13,14).

Estas palavras divinas foram endereçadas ini­cialmente à Babilônia, que tentava encontrar o seu próprio caminho para escapar das calamidades.

A mediunidade e a astrologia eram os recursos finais para os babilônios desesperados. Nada é mais desesperador do que fracasso após fracas­so. A pessoa cansa-se de procurar aqui e ali, sem encontrar aqueles recursos indispensáveis à sua vida e felicidade. Os babilônios estavam cansados de procurar ajuda nos adivinhadores e nos horósco­pos inutilmente. Eles deviam ter reconhecido que só em Deus poderiam encontrar tudo quanto preci­savam. Para isto, bastaria que abandonassem os seus pecados, que são os únicos obstáculos entre os homens e Deus. O mesmo profeta Isaías, que condena as práticas mediúnicas e as consultas a ho­róscopos, diz também logo em seguida: “Eis que a mão do Senhor não está encolhida para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem sepa­ração entre vós e o vosso Deus; e os vossos peca­dos encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Isaías 59.1-2).

Desta forma, o problema que existe nas rela­ções entre o homem e Deus encontra-se do lado do homem. O pecado é o grande obstáculo. Deus não está limitado na Sua onipotência. Seu ouvido pode nos ouvir e Sua mão pode se estender para nos abençoar. Mas as nossas iniquidades é que nos se­param de Deus. O Senhor é sempre o mesmo. Assim como as nuvens dão a impressão de que o sol se alterou, deixando de brilhar e de derramar os seus raios benéficos sobre nós, assim também os nossos pecados nos escondem de Deus. Mas Ele é o mesmo. Nós mudamos. Deus não muda. “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto, des­cendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação, ou sombra de mudança” (Tiago 1.17).

LIVRO: O ESPIRITISMO E A BÍBLIA – RTM EDITORA S/C

REVERENDO DAVI NUNES DOS SANTOS

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