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Sabedoria pra não ser influenciado pelas Mídias

Por   /  24 de janeiro de 2022  /  Sem comentários

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Em termos bíblicos, sabedoria não significa conhecimento adquirido ou inteligência para resolver equações matemáticas; ela está relacionada com discernimento e habilidade para tomar boas decisões. O princípio da vida sábia é o temor ao Senhor (Pv 9.10). Os crentes são convidados a buscar a sabedoria do alto, pois ela é pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia (Tg 3.17). Tal sabedoria é essencial para interagirmos adequadamente com os meios de comunicação.

I – OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA CULTURAL

A importância e a utilidade da mídia. Não há como negar a importância e a utilidade dos meios de comunicação na vida moderna, pois permitem ao ser humano transmitir e receber informa­ções. Embora se aplique à comunicação interpessoal, a exemplo do telefone e da carta, o termo geralmente se refere à comunicação em massa, aludindo aos instrumentos e canais que alcançam várias pessoas ao mesmo tempo, como jornais, revistas, rádio, televisão e a própria internet.

Para o bem e para o mal. A comu­nicação é dom de Deus (Gn 3.8), mas o homem caído subverte-a para propósitos inadequados. Assim, os meios de comuni­cação não são maléficos por natureza, vai depender da forma como são utilizados e dos valores que transmitem. Sob esse enfoque, a mídia pode servir tanto para disseminar ódio, pornografia e violência, como pode fornecer notícias, cultura e entretenimento de qualidade.

No inicio do Século XVI, por exemplo, a criação da imprensa de tipos móveis revolucionou a comunicação de massa, fato este que contribuiu com a Reforma Protestante iniciada por Martinho Lutero, já que a Bíblia foi o primeiro Livro a ser impresso, facilitando o acesso à Palavra de Deus.

O poder de influência dos meios de comunicação. Igualmente evidente é o poder de influência que os meios de comunicação exercem sobre a mente humana, seja de maneira explícita ou subliminar. A cultura popular, os gostos e os valores de grande parte da população são amplamente moldados pelos co­merciais, músicas e slogans propagados nos programas de TV e nos filmes de Hollywood. Isso explica porque muitos jovens formam seus sonhos, opiniões e visões de mundo com base em letras de músicas, campanhas publicitárias e frases difundidas na mídia, sem ao menos refletirem sobre a veracidade e a coerência do conteúdo.

II – A MÍDIA ÍMPIA E OS PERIGOS DO FALSO ENTRETENIMENTO

A eficácia destrutiva da mídia ímpia. A mídia ímpia, descompromissada com os valores morais, espirituais e familiares, é eficiente em produzir programas, séries, músicas e filmes que exploram a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (1 Jo 2.16). Transmite- -se a ideia de completa naturalidade na prática da luxúria (1 Co 5.1), do adultério (2 Pe 2.14), do orgulho (2 Pe 2.18), da bebedice (1 Pe 4.3), do roubo e da vingança, assim como exaltam a mentira e a libertinagem irresponsável e a corrupção (2 Pe 2.19).

Utilizando a estratégia da emoção e de enredos românticos, tais produções tentam convencer os expectadores da suposta normalidade da bruxaria, da homossexualidade e de outras práticas pecaminosas. Ao mesmo tempo, ridicularizam a Deus, a Igreja e os valores cristãos, sob o título de “entretenimento”.

A sedução do falso entretenimen­to. Esse tipo de falso entretenimento produzido pela mídia perversa impacta negativamente a vida dos expectadores contumazes. Essa não é uma afirmação eminentemente religiosa. Pesquisas cientificas apontam que a exposição constante a certos conteúdos influencia diretamente o comportamento hu­mano. Adolescentes e jovens que expõem excessivamente a programas que incentivam a sexualidade precoce, a violência e o consumo de álcool, desenvolvem, com passar do tempo, esses mesmos hábitos. Pesquisadores da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, concluíram que crianças que passam muito tempo em frente à televisão sentem mais emoções negativas e tendem a apresentar uma personalidade agressiva e antissocial ao longo da vida.

Jovem, esteja em constante vigi­lância. Não permita que esse tipo de conteúdo entre em seu lar e em sua mente!

A manipulação da sociedade e das mentes. É necessário reconhe­cer também que a indústria da mídia manipula informações e a opinião pública, tanto para fins ideológicos ou por interesses comerciais. Lançam-se campanhas e mais campanhas pu­blicitárias com o objetivo de vender determinados produtos, por meio do incentivo ao consumo desenfreado. Dentre milhares de expectadores, os que não possuem discernimento e não sabem filtrar criticamente a grande gama de informações que recebem, acabam manipulados como verdadeiras marionetes.

III – UTILIZANDO OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO COM SABE­DORIA

Diante desse panorama, como de­vem agir os cristãos em relação aos meios de comunicação?

Entretenimento com piedade. Na condição de filhos da luz, os crentes não devem comunicar com as obras infrutuosas das trevas, mas condená-las (Ef 5.11). Isso implica selecionar com cuidado e temor a Deus os programas que assiste, pois o verdadeiro discípulo de Jesus não tem a sua consciência cauterizada pelo pecado (1 Tm 4.2). Tudo o que é depravado, impuro e enaltece as obras da carne não pode ser considerado pelo servo de Deus como entretenimento. Na perspectiva bíblica, o entretenimento nunca é separado da piedade (1 Tm 6.6). Em todo o tempo devemos dar mostras da nossa regeneração, inclusive no momento de recreação.

O uso sábio da mídia. Não é nada fácil interagir adequadamente com os inúmeros recursos midiáticos que são hoje ofertados. Mas, com a sabedoria do alto e com a ajuda do Espírito Santo temos condições de despojar da velha natureza (Cl 3 8,9) e desenvolver hábitos saudáveis. A realização de cultos do­mésticos, oração e o jejum são práticas essenciais para confrontar o desejo carnal pelo consumo da mídia. Quanto mais desenvolvemos estes hábitos, mais nos afastamos da sedução da cultura popular. Quanto mais nos aproximamos de Deus, mais nos distanciamos da influência maligna da mídia.

Influenciando a mídia. O relacio­namento do cristão com a mídia não se resume a separar o joio do trigo. Podemos nos valer da sabedoria divina para usar a mídia em prol do Reino de Deus, tanto para anunciar o evangelho, como propor­cionar cultura, educação e informação em sintonia com os valores e princípios das Escrituras. Isso porque, a comunicação não é uma invenção do Diabo, mas de Deus. Portanto, não há como nos furtar de comunicar as verdades bíblicas por meio da mídia, segundo afirmam os pastores norte americanos James Kennedy e Jerry Newcombe escreveram: “Acabou o tempo de apenas reclamarmos entre nós sobre o ataque ao Cristianismo nos filmes e na TV. É tempo de agir. É tempo de fazer­mos nossas vozes audíveis por aqueles que estão envolvidos na perseguição contra os cristãos. É tempo de escrever cartas ao editor. É tempo de orar pelos cristãos que estão na mídia e de levar mais pessoas a Cristo, inclusive aquelas que estão na mídia. Enfim, é tempo de os cristãos entrarem corajosamente nos meios de comunicação”.

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LIÇÕES BÍBLICAS JOVENS – CPAD

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