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A ordem das filhas de Jó: O que é e o que ensina?

Por   /  15 de maio de 2014  /  Sem comentários

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A Bíblia recomenda aos pais que ensinem seus filhos nas coisas de Deus, dizendo “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.” (PV 22:6). Tornando mais claro o assunto sobre o que ensinar, lemos mais: “Ouve, pois, ó Israel, e atenta em os guardares, para que bem te suceda, e muito te multipliques, como te disse o SENHOR Deus de teus pais, na terra que mana leite e mel.”
Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças. E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.” (DT 6:3-7).
Pois bem: se você tivesse uma filha num colégio e ela fosse convidada para participar de uma mesada de pizza e no convite tivesse uma indicação de que se tratava da arrecadação de fundos para uma entidade com o nome de ORDEM DAS FILHAS DE JÓ você iria investigar qual a finalidade dessa instituição ou simplesmente daria à filha o dinheiro para pagar o valor do ingresso? Isso não é uma hipótese. É fato. Fato ocorrido com pessoa relativamente nova na fé evangélica mas que está sendo advertida sobre certos movimentos de caráter religioso que se apresentam como se fossem entidades voltadas ao aspecto estritamente secular. Você,prezado leitor, já ouviu falar da ORDEM DAS FILHAS DE JÓ?

LIGAÇÃO MAÇÔNICA

Naturalmente pode causar surpresa saber-se que a ORDEM DAS FILHAS DE JÓ seja uma entidade para jovens do sexo feminino ligada à Maçonaria. Da forma como a Maçonaria tem uma entidade voltada para o sexo masculino para introdução futura na Maçonaria conhecida como ORDEM DEMOLEY, assim também criou essa entidade para as moças, cujas famílias tem ligações maçônicas.

HISTÓRIA E FINALIDADE

A Ordem foi fundada em 1920 pela Sra. Ethel T. Wead Mick, em Omaha no Estado de Nebraska, EEUU, tendo como principal propósito
1. o de reunir meninas com parentesco maçônico para a construção do seu caráter através do desenvolvimento espiritual e moral, destacando os ensinamentos voltados à reverência a Deus e às Escrituras Sagradas;
2. lealdade à Bandeira ao país em que se encontrem;
3. respeito e amor para com os pais e guardiões.
A fundadora, compreendendo a importância dos ensinamentos recebidos de sua mãe, de religião cristã, desde sua infância, especialmente as belas lições encontradas no Livro de Jó, decidiu dedicar parte do seu tempo e do seu talento, ao propósito de tornar possível, a todas as moças, compartilharem desses raros privilégios que ela possuía.
Após diversos anos de estudos e considerações minuciosas, com a assistência de seu marido, Dr. William H. Mick e outros eficientes e dedicados colaboradores, ela fundou a Ordem Internacional das Filhas de Jó em homenagem à memória de sua mãe Elizabeth D. Wead.
Os arquivos oficiais revelam que muitas reuniões preliminares foram realizadas por mestres maçons e membros da Ordem Estrela do Oriente, nos anos de 1918 a 1920.
Os trabalhos ritualísticos da Ordem são baseados no triângulo, nas três filhas de Jó, na Bíblia, na educação e na representação emblemática das eras latinas e gregas.
A Ordem Internacional das Filhas de Jó foi organizada com o consentimento de J. B. Fradenburg, Grão Mestre da Grande Loja Maçônica de Nebrasca, Estados Unidos da América e da Ordem Internacional “Estrela do Oriente” por sua dirigente Sra. Anna J. Davis e seu grande patrono Irmão James E. Bednar, para trabalhar obedecendo aos seguintes Landmarks:

1. Ser conhecida como Ordem das Filhas de Jó;
2. Ser uma sociedade composta por moças em evolução que acreditem em Deus e possuam parentesco maçônico;
3. O local de reuniões chamar-se Bethel (Lugar Sagrado);
4. Os ensinamentos serem baseados no Livro de Jó (com referência especial ao Cap.42.15);
5. Ser ensinado em três Épocas (não graus);
6. Ter como lema: “A Virtude é uma qualidade que enobrece uma mulher”;
7. Seus símbolos: a Bíblia Sagrada, a Cornucópia da Fartura e o Lírio do Vale;
8. Todos os membros, guardiões e visitantes devem prestar juramento baseado na honra;
9. Ser uma organização democrática, com direito de apelar à autoridade suprema, com todos os membros e guardiões sujeitos às leis da Ordem;
10. Ter um Supremo Conselho Protetor com constituição e leis em conformidade com os Landmarks da Ordem, governando Conselhos Protetores, Protetores Subordinados e membros do Bethel.”

CONFRONTO COM A BIBLIA

Qualquer leitor menos informado sobre os ensinos maçônicos das obrigações impostas às jovens da Ordem em tela, notará que, em confronto com a Bíblia, não há o que criticar dos itens expostos como responsabilidades das integrantes da Ordem. Mas, para os que estão a par dos ensinos e práticas maçônicos, podemos afirmar que não há compatibilidade entre ensinos da Maçonaria os ensinos bíblicos. Exemplos:

Como justificativa número 1 para a finalidade ou propósito da criação da Ordem estão indicados: “construção do seu caráter através do desenvolvimento espiritual e moral, destacando os ensinamentos voltados à reverência a Deus e às Escrituras Sagradas”.
Ora, a construção e desenvolvimento do caráter voltados para a reverência a Deus e à Bíblia, porventura não são assuntos tratados nas igrejas evangélicas nas escolas dominicais? Seriam insuficientes tais ensinos a ponto de se precisar uma entidade maçônica que viesse complementar o ensino recebido nas igrejas? Ou seriam deuses diferentes como ensina a Maçonria?
Por outro lado, para a organização da Ordem das Filhas de Jó, precisou-se da aprovação de pessoa eminente dentro da maçonaria. É dito que, “ A Ordem Internacional das Filhas de Jó foi organizada com o consentimento de J. B. Fradenburg, Grão Mestre da Grande Loja Maçônica de Nebrasca, Estados Unidos da América.
Logo, se vê, que a Ordem vai ser governada dentro dos moldes e ensinos maçônicos. Com isso, destacamos dois pontos fora dos princípios bíblicos:
a) O deus da Maçonaria é chamado de GADU (O Grande Arquiteto do Universo), Só que o GADU não é um deus identificável. O Dicionário da Maçonaria, p. 52, de Joaquim Gervásio Figueiredo declara no verbete GADU: “Nome pelo qual na maçonaria se designa Allah, Logos, Osiris, Brahma, dos diferentes povos, já que ali se considera o Universo como uma Loja ou Oficina em sua máxima perfeição”.

Ora, a Bíblia é contrária ao politeísmo de modo incisivo:

“Vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR, e meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá.” (IS 43:10)
“As imagens de escultura de seus deuses queimarás a fogo; a prata e o ouro que estão sobre elas não cobiçarás, nem os tomarás para ti, para que não te enlaces neles; pois abominação é ao SENHOR teu Deus.
Não porás, pois, abominação em tua casa, para que não sejas anátema, assim como ela; de todo a detestarás, e de todo a abominarás, porque anátema é.” (DT 7:25-26)

b) Os líderes maçônicos têm três ensinos com relação à Bíblia:

1) a Bíblia é apenas um símbolo;
2) Um maçom não é obrigado a acreditar nos ensinamentos da Bíblia;
3) Algum outro livro pode substituir a Bíblia.

No Dicionário da Maçonaria, p. 122 no verbete DECORAÇÃO DA LOJA se lê: “O Volume da Ciência Sagrada, o Esquadro e o Compasso, juntamente com a Carta Constitutiva, formam a decoração da Loja. Nas Lojas maçônicas cristas o V.c.s. é formado pelos Antigo e Novo testamentos, e nas Lojas judaicas, só pelo Antigo Testamento; nas maometanas, pelo Corão; nas budistas, pelo Tripitaca; nas indostânicas, pelos Vedas. Varia segundo a Escritura Sagrada de cada povo. Os candidatos juram sobre a Escritura Sagrada de sua religião, porque dali é que emana a luz de acordo com o qual ele tem de vier e conduzir-se”.

Essas opiniões concernentes à Bíblia estão em conflito direto com o que a Bíblia ensina sobre si mesma. Nós cremos ser a Bíblia a Palavra de Deus, única regra infalível para a vida e o caráter cristão (2 Tm 3.16,17; 2 Pe 1.20,21). Jesus falou que céu e terra passarão, mas não suas palavras (Mt 24.35), afirmando mais que a Palavra de Deus era a verdade (Jo 17.17) O uso da Bíblia pela maçonaria leva o cristão, que crê Bíblia, a jurar fidelidade à maçonaria e não a obedecer a Bíblia.

CONCLUSÃO

O que fez o irmão a que nos referimos no início? Mandou uma carta à escola que promovia o festival de pizzas, protestando contra a forma de envolvimento de moças estranhas à Maçonaria sendo furtivamente convidadas para um encontro de moças com caráter religioso beneficente.
Uma lição deve ser aprendida. Jesus falou que os filhos das trevas são mais sábios que os filhos da luz. A Maçonaria para obter um envolvimento maior de filhos de maçons criou duas entidades para jovens: A ORDEM DEMOLAY, para jovens do sexo masculino. Logo que atingem 21 anos, idade mínima para ser maçom, já podem ingressar como membros da Maçonaria. Para as moças, a presente ORDEM DAS FILHAS DE JÓ. E nós, como estamos aproveitando a nossa juventude? Qual o envolvimento que eles tem nas igrejas? Estão sendo orientados nas doutrinas fundamentais da Bíblia? Paulo se reportava ao jovem pastor Timóteo, dizendo: “E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.” (2TM 3:15)
“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” (2TM 2:15)
E, sobretudo, a Bíblia é muito clara quando estabelece separação entre luz e trevas e Cristo e Belial. Diz ela:
“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos receberei; ….” (2 Co 6:14-17).

Natanael Rinaldi
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