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Acupuntura: método Taoísta que choca-se com as escrituras

Por   /  13 de julho de 2020  /  Sem comentários

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Milhões de pessoas em todo o mundo, milhares no Brasil, buscam a cura de suas enfermidades por meio da medicina oriental, pois defendem que tais tratamentos são tão eficientes quanto a medicina tradicional. O problema é que a maioria esmagadora dessas terapias têm raízes esotéricas. No momento, acupuntura é, delas todas, a mais popular.

Apesar de afirmar que objetiva a restauração da saúde por meio da aplicação de agulhas em pontos estratégicos do corpo que, segundo os especialistas, estimulam o sistema nervoso, aliviando dores e solucionando problemas orgânicos e psíquicos, a acupuntura, que tem seu berço na China e na índia, se apoia na premissa de que tais agulhas são para estimular pontos do corpo denominados no hinduísmo chacras e no taoísmo, meridianos. Nas duas culturas, esses pontos são vistos como fortes locais energéticos, e as agulhas supostamente tocam no chi ou “espírito”, também chamado “força”.

Segundo os taoístas, as enfermidades são ocasionadas por falta de equilíbrio nesses pontos. Mas que equilíbrio? De acordo com os acupunturistas, o equilíbrio das energi­as negativas (yin) e positivas (yang). O que está em foco é o princípio esotérico do yin-yang, o que por si só já compro­mete para o cristão o uso da acupuntura.

Vale lembrar ainda que algumas sessões de acupuntura, não todas, se utilizam de música oriental e velas na consulta, e o satanismo aproveita esse princípio oriental para um de seus ritu­ais. Sendo que, no satanismo, os pon­tos energéticos são chamados “portais”, que são abertos por meio de rituais consagratórios oferecidos a demônios, e o uso das agulhas visa ao controle de entidades espirituais.

Eficácia questionável

A acupuntura é uma forma de tratamento utilizada há mais de 5 mil anos e reconhecida no Brasil em 1995 como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina. Na Medicina Tradicional Chinesa, ela está inserida como um dos cinco eixos de tratamento: (1) acupuntura e moxa, (2) massagens e exercícios. (3) alimentação, (4) herboterapia e (5) meditação.

Há alguns cristãos que afir­mam que se a acupuntura não en­volver nenhum aspecto de cono­tação mística, como meditações etc, não há problema de ser utili­zada. Porém, há ainda o problema da sua real eficácia. Apesar de a acupuntura estar aprovada pelo Conselho Federal de Medicina des­de 1995, para ser usada por médi­cos especialistas credenciados, seus resultados ainda são questionáveis.

Conquanto os defensores da acupuntura afirmem até que há es­tudos que comprovam que a téc­nica é eficiente no tratamento de dependentes químicos, podendo, em seis meses, contribuir para a total abstinência das drogas, há quem declare também (e são mui­tos) que o método em nada serviu para melhorar sua situação. Quan­do o tratamento falha, os acupunturistas, via de regra, dizem que o problema é dos pacientes, que não se dedicaram plenamente ao tratamento.

Para conseguir a aprovação do Conselho Federal de Medicina, os acupunturistas justificaram cienti­ficamente o método, explicando que os chamados “pontos de ener­gia” seriam, na verdade, locais es­pecíficos onde estão localizados os nervos ligados aos sistemas nervosos centrais e periféricos. O uso das agulhas nesses pontos geraria pequenos estímulos elétricos que contribuiriam para a produção de substâncias responsáveis pela reabilitação do  paciente. O processo seria puramente fisiológico e, se o tratamento falha, é por causa da interrupção do tratamento.

Ora, se não funciona é porque não se foi até o fim do tratamento? Isso soa como uma forma clara de prender o cliente, criando uma de­pendência psicológica.

Base filosófica da acupuntura

O taoísmo, base filosófica da acupuntura, a partir da qual essa técnica foi criada, se baseia no sis­tema politeísta e filosófico de cren­ças que assimilam os antigos ele­mentos místicos e enigmáticos da religião popular chinesa, tais como a magia, a alquimia, o culto aos ancestrais e os rituais de exorcis­mo. Mesmo não sendo uma reli­gião mundialmente popular, seus ensinos têm influenciado muitas seitas modernas.

Segundo historiadores orien­tais, o taoísmo tem sua origem por volta de 550 aC, nos ensinamentos do mestre chinês Erh Li ou Lao Tsé (“velho mestre”), um contemporâ­neo de Confúncio e em torno do qual existem várias lendas. A mais famosa é a de que ele já teria nascido velho. Erh Li teria nascido no sul da China em 604 aC, e detinha uma posição de desta­que no governo chinês, como su­perintendente judicial dos arquivos imperiais em Loyang, capital do Es­tado de Ch’u. Dizem os historia­dores que Li era contra a tirania dos regentes chineses e pregava a necessidade de uma vida simples para as pessoas, “sem honrari­as ou conhecimento”. Como forma de corroborar seu ensino, ele renunciou a seu cargo para voltar para casa.

Diz a lenda que, ao che­gar à fronteira da província em direção ao Tibete, foi parado por um policial, seu amigo Yin-hsi, que não o deixou passar até que Li escrevesse seus ensinamentos. Assim, dizem, aos 80 anos, pôs-se a escrever seus ensinos, serviço que teria durado três dias. Ao fi­nal, a obra continha 5,5 mil pala­vras e foi denominada de Tao te Ching, “O caminho e seu poder” ou “O caminho e princípios mo­rais”. Depois, Li teria partido para não mais voltar. Li, que ficou co­nhecido como Lao Tsé, foi cano­nizado pelo imperador chinês Han.

Uma das doutrinas do Tao te Ching afirma que deve-se resistir aos problemas sendo completamente passivo, aceitando-os e vi­vendo sem ambições. O taoísmo religioso, chamado Tao Ciao, sur­giu na dinastia do imperador Han, no segundo século. Tchuang-tseu, filósofo chinês e discípulo fervoroso de Lao Tsé, é o responsável por disseminar o taoísmo a partir do terceiro século, tendo escrito 33 livros sobre a filosofia de Lao-Tsé, com 1.120 volumes, formando o Cânon Taoísta. Segundo Tchuang-tseu, “o ‘Lao te Ching é a fonte da sabe­doria e a solução para todos os problemas da vida”. Na morte de sua espo­sa, Tchuang-tseu escreveu, como prova de sua crença no taoísmo: “Como posso me co­mover com sua morte? Original­mente ela não tinha vida, nem forma, e nem força material. No limbo da existência e não-existência havia transformação, e a força material estava envolvida. A força material se transformou em forma, a forma em vida, e o nascimento em morte. Da mesma maneira que acontece com as estações do ano. Ela agora dorme na grande casa, o universo. Para eu estar chorando e pranteando, será mostrar minha ignorância do destino. Por isso eu me abstenho”.

O taoísmo ensina ainda que tudo no universo é composto pe­los elementos opostos yin e yang. O lado positivo é o yang, e o ne­gativo, o yin. Assim, os chineses conceberam o universo como sen­do ativado por dois princípios bá­sicos, que seriam qualidades opos­tas, mas complementares. Afirmam eles que tudo o que vemos só exis­te em virtude da constante influ­ência mútua dessas duas forças. O yin e o yang estariam contidos no Tao, que seria o princípio básico de todo o universo, “o começo e o fim. o princípio sem princípio, o que não pode ser expressado e o que tudo abarca”.

Ainda de acordo com a filoso­fia taoísta, o ser humano é um todo que não pode ser dividido ou entendido em uma dualidade, como corpo e alma separados. Por isso o taoísmo trata com igual importância e como se fora uma só enti­dade todas as manifestações físi­cas e psíquicas, o que é a base fi­losófica da acupuntura. Segundo esse ensinamento, a acupuntura cura porque facilitaria essa harmonia, o que levaria a pessoa a uma melhor compreensão de si mesmo – a famosa busca do autoconhecimento, a procura do “Eu interior”, doutrina bastante propalada pela Nova Era.

Segundo o taoísmo, o cor­po humano possui 360 pontos dis­tribuídos em linhas. A acupuntura estimularia esses pontos, com base nos princípios taoístas, para alivi­ar sintomas e dores. O taoísmo está presente ainda hoje na vida cultu­ral e política da China, através de manifestações populares como o chi-kung, arte de autoterapia; o wu-wei, prática da inação; a ioga, as artes marciais wu-shu ou kung fu e a acupuntura.

Acupuntura choca-se com a Bíblia

À luz da Palavra de Deus, há inú­meros equívocos na acupuntura e no taoísmo. Como já citamos, segundo Tchuang-tseu, filósofo sistematizador e divulgador do taoísmo, “o Tao te Ching é a fonte da sabedoria e a so­lução para todos os problemas da vida”. Ora, a Palavra de Deus é que é a única regra de fé e prática do cristão (SI 119.105 ).

O credo do taoísmo é: “Sujeite-se ao efeito, e não busque descobrir a natureza da causa.” Em outras palavras, taoísmo é uma religião anti-intelectual, que leva o homem a con­templar e se sujeitar às leis aparen­tes da natureza em vez de tentar com­preender a estrutura desses princípi­os. A Bíblia não reprova o uso da razão (Rm 12.1-2) nem ensina uma passividade constante diante da vida (Rm 12.2).

Segundo os ensinamentos do taoísmo, o Tao (caminho) é a única fonte do universo, eterno e determinante de todas as coisas. Apesar de não reconhecer um Deus criador, os princípios do Tao eventualmente têm o conceito de Deus. Lao Tsé escreveu: “Antes do céu e da terra existirem, havia algo nebuloso… Eu não sei o seu nome, e eu o chamo de Tao”. Porém, o Deus da Bíblia não é uma energia im­pessoal ou uma combinação de forças positivas e negativas (Is 43:15)

Utilizando-se dessa filosofia, os acupunturislas vêm a saú­de fisiológica como a evidência do equilíbrio do yin e yang. Se esses ele­mentos estão em desarmonia, dese­quilibrados, as enfermidades apare­cem. Logo, dizem, para restaurar a saúde é necessário haver uma “rup­tura no fluxo do yin e yang”. o qual é realizado por meio das agulhas inseridas no corpo na técnica da acupuntura. Dessa forma, ensinam que o equilíbrio dos elementos po­dem ser restabelecidos pelo tra­tamento, fazendo com que a força do Tao possa fluir livremente no corpo da pessoa, trazendo-lhe a cura. Porém, essa fi­losofia é frontalmente contrária â Teologia bíblica.

Deus é onipotente e a fonte de todo o bem. Lúcifer, hoje Satanás, foi criado por Deus e por isso tem limi­tes quanto à sua autoridade e poder. Como fonte do mal, o Diabo se opõe ao Reino de Deus. Ele não é, nunca foi e nunca será igual a Deus, nem se harmonizará em poder em sua oposição a Ele.

Além disso, a Bíblia não fala nada sobre pontos específicos do cor­po. A Bíblia não fala nada sobre equi­líbrio das energias vitais ou corporais. Ela afirma que o ser humano é corpo, alma e espírito, e só.

Assim sendo, deve o cristão se tratar por meio desse tipo de técni­ca, com raízes esotéricas e ocultistas? Sem dúvida, não.

FONTE: REVISTA RESPOSTA FIEL – ANO 4 – N°13

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